segunda-feira, 13 de maio de 2013

Crónicas Primaveris III

Não é raro ouvir as pessoas que se amam soltar um "sou teu". Acho que a intenção é expressar a forma máxima do que se pode sentir por alguém, mas na verdade, o que eu acho extraordinário no amor é que ele é um elo de ligação tão sólido que se acaba por se ter alguém sem na realidade nunca a ter, no estrito sentido da palavra. Porque a pessoa que se ama é "nossa" voluntariamente e é livre; no final de contas, não temos nem somos de ninguém. É uma condição em que se está em outra pessoa sem amarras e sem contrato. Prende-nos com fios de seda... e nada mais do que isso.

O amor é voluntário e é essa característica que o torna o sentimento por excelência. Se fosse uma espécie de armadilha em que se ficasse preso, não teria o mesmo valor; mas se pensarmos que duas pessoas se aventuram nessa imprevisível caminhada, plena de riscos e entrega, de forma livre, por causa de um elo que não se vê, percebemos que essas quatro letrinhas, quando verdadeiras, são especialmente poderosas.

O amor constitui o paradoxo interessante de que, quanto mais forte, mais une e mais liberta.



Inté*


19 comentários:

  1. Que crónica amorosa :D

    Boa semana*

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  2. Eu sempre achei isso do "sou teu" um bocado exagerado, mas depois de ler o teu post até acho que faz sentido :)

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  3. Não é invulgar o amante pedir:
    prende-me com o teu amor.

    O amor é assim uma espécie de Carlos Cruz, que se entrega antes que o venham prender. looooooool

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  4. Um bonito texto =) Boa semana!

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  5. Opinante: ^^

    anokas: ;)

    somaijum: opá... tinhas de vir "distorcer" isto tudo xD

    Jovem $0nhador@: para ti também ;)

    Jedi Master Atomic: ahaha :P

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  6. Adorei este post, é isto mesmo o amor.

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  7. É mesmo isso, adorei!
    Mas sim temos sempre essa tendência de dizer sou teu/tua...

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  8. Claramente! o amor tem que ser um elo de ligação, e compromisso, mas ao mesmo tempo libertador...
    Belo texto. Beijinhos

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  9. sou teu é relativo... o amor tem dessas coisas.. torna-nos parvos.. e só n foi parvo quem nunca amou

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  10. Que belo texto, e quanta maturidade para alguém tão jovem! Parabéns, de verdade.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. gostei muitoo, como sempre! :)

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  13. Ao ler o teu post, só pensava na música do João Pedro Pais (acho) "ninguém é de ninguém, mesmo quando se ama alguém..."
    Beijinhos

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  14. Adoro!! E faz todo o sentido... mesmo quando amamos alguém gostamos de privilegiar o nosso espaço, logo deixar-mos o outro ser livre e ter o espaço dele também é muito importante =) Ao fim ao cabo, não somos mesmo de ninguém, apenas de nós próprios =)

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  15. Vera, a Loira: obrigada :)

    SuperSónica: :)

    Catarina Reis: obrigada ;)

    Vintense: gostei :)

    Paula: oh ^^ obrigada!

    Deia: obrigada :D

    Caminhante: bem lembrado :P

    Sem açúcar, se faz favor: :)

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  16. Ai que estás inspirada querida Estudante...e eu que sinto esse Amor não podia estar mais de acordo com estas sábias e lindas palavras :-)

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  17. Patrícia: :)

    Ju: obrigada ;)

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