Eu gosto do Facebook. Até acredito que possa ser muito útil. Mas às vezes mete-me repulsa. Na verdade, não é o Facebook propriamente dito que me repugna e não foi ele que criou o ónus da minha repulsa; ele é apenas uma ferramenta que veio trazer ao de cima aquilo que antes já existia.
É impressionante como as pessoas são diferentes on e off-line. Há aquelas que passam a vida a publicar mensagens e imagens que na verdade não têm nada a ver com a sua maneira de ser ou, pelo menos, não se coadunam com a forma como actuam. Pronto tudo bem... queriam ser outra pessoa. Mas depois, há também (e este é para mim o fenómeno que mais me arrepia e entristece) quem consiga ter amizades "para a vida" no Facebook com pessoas que cá fora são alvo dos comentários e críticas mais duras que se podem imaginar! E isto meus amigos, enoja-me. Enoja-me este cinismo descarado, tão mal encoberto, tão sujo...
Não me admira que existam pessoas que já não consigam viver sem um computador e sem um telemóvel... é que as amizades passaram a ser virtuais e superficiais, com aquilo que se diz nas redes sociais a ser mais importante e mais digno de confiança do que aquilo que se diz cá fora.
Redes sociais?... Não; redes anti-sociais.
Inté*