quinta-feira, 11 de abril de 2013

Alimentar os putos

Há uma altura na vidinha das crianças, em que estas perdem o apetite. Lá por volta do 2º ano é normal que os pimpolhos comam um pouco menos porque o crescimento desacelera, mas as mamãs ficam sempre muito aflitas porque gostam de ver as crias bem rechonchudinhas e sempre a abrir o bico, quais passarinhos no ninho de uma árvore. 

Quando era pequena, certamente com mais de dois anos, lembro-me de haver alturas em que não me apetecia comer e Manhê socorria-se daqueles pequenos truques de mãe aplicada para ver se me enfiava alguma coisa pela goela abaixo. Um deles era aquele de dividir a comida ao meio com um garfo e dizer: "come só isto, vá!". E não sei porquê apontava sempre para a porção maior, o que só por si já era desmotivante para a pequena Estudante. Outro era o da mítica frase: "vá, só três colherinhas, anda lá!", que na verdade nunca eram três, eram sempre mais e quando me dava conta de que as três já iam em seis, apoderava-se de mim uma fúria tão grande que se acabava logo a refeição. Isto para não falar da "já é a última", e depois a última nunca era a última e só mesmo quando não havia nada no prato é que o significado da palavra se tornava verdade.

Não sei como era convosco, mas desconfio que as mães fazem sempre estas coisas. Será que tiram todas o mesmo curso antes de nos ter?



Inté*

15 comentários:

IceQueen disse...

Ahah, realmente isso é típico de mãe xP

anokas disse...

Não tenho nenhuma recordação desse tipo de situações na minha infância. Se calhar comia sempre tudo mas lembro-me que a minha mãe, se eu não comia, ou porque não me apetecia ou outra coisa qualquer, ficava logo aflita e dizia que eu ia ganhar uma anemia.

estrela disse...

vai tudo tirar o curso ao mesmo sitio!
a referência é sempre a mãe...depois é se mãe e por aí fora!
:)

Estudante disse...

IceQueen: :P

anokas: ahaha x) as mães são assim!

estrela: :)

Ana C. Martins disse...

;) eu tinha disso também, eu fazia birra para comer era muito esquesita e não gostava de nada vê-la tu! corria à volta de casa para não comer e metia a comida à boca e deitava fora na casa de banho ou quando a minha mãe virava costas eu dava ao gato. pronto mas agora como tudo :D

Anónimo disse...

Não é só coisa de mãe.. Eu sou tia e fazia isso com a minha sobrinha lol será que é algo que nos vem nos cromossomas? :$

Unknown disse...

tu vais fazer igual!! :P

SuperSónica disse...

Tal e qual, mas acho que elas tinham mais paciência do que as mães de hoje em dia!

Miss Worm disse...

Eu passo horrores para o meu Mainobo comer... é desesperante, nem todos esses conhecidos truques resultam :(. Já com a Maibelha é o contrário tenho de lhe dizer " não, já chega por agora" senão devora tudo!!
Não há mesmo regra.

Anónimo disse...

Tive essa fase ai aos 5 ou 6 anos pelo que lembro, mas acho que durou pouco :)
XL

Catarina Reis disse...

Mãe é mãe... e é assim que deve de ser sempre... beijocas

Estudante disse...

aNaMartins: eras tramada xD

Never Told Words: talvez! ;)

faa m.: não vou, não... não quer, não come :P estou a brincar! Acho que todas as mamãs o fazem, quem serei (?) eu para contrariar x)

SuperSónica: se calhar tinham... :P

Miss Worm: ahaha :P ela come pelo mano!

ateaoscem: a minha falta de apetite também nunca foi muito pronunciada! x)

Catarina Reis: :)

Maria disse...

Bom, talvez eu seja a excepção à regra... o meu filho tem agora 15 anos e um belo fisico, "benzó deus..." - mas eu nunca fui de lhe enfiar comida, com mais ou menos truques. Quando ele disse a primeira vez que não queria, não comeu, e pronto ! Mas.... depois só voltava a haver paparoca na hora da refeição seguinte! nada de lanchinhos nos intervais, porque" ai o menino não comeu..." A verdade é que a recusa de comer só aconteceu 2 ou 3 vezes, penso que ele lá terá concluido que mais valia comer quando lhe davam, do que andar depois a penar o ratito na barriga até à refeição seguinte... :)

Paula disse...

Estou com a Catarina Reis: mãe é mesmo assim!... :)

Estudante disse...

Augusta Resende: :D parece-me uma óptima estratégia!

Paula: pois é!...