terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Adeus 2013, olá 2014!

A passagem de ano é uma ilusão agradável de que a mudança do ano marca um novo ínicio. Se pensarmos bem, não é um ínicio, é apenas o contínuo desenrolar dos dias - o bom desta história é que, se quisermos, todos os dias podem marcar o começo de algo novo. Mas eu gosto de pensar que o ano que aí vem é realmente uma oportunidade que nos é dada para comerçamos outra vez - emendar o que fizemos menos bem, definir novas metas e objectivos.

Além disso, 2014 é, para mim, uma ano especial. Normalmente a concretização dos sonhos não tem data, mas a realização de um dos meus maiores desejos é já no próximo ano quando acabar o meu curso. Vai ser um ano cheio de emoções contraditórias e com muito para viver. Que ele venha alegre e cheio de força! Já era uma pessoa feliz se 2014 fosse tão bom como 2013.


Um excelente 2014 para todos vocês!



PS: vamos ficar livres da Troika... já é qualquer coisa.



Inté*


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Segundo nome

Manhê decidiu que suas duas filhas não teriam segundo nome. Provavelmente, o facto de ela mesma ter sido baptizada com dois nomes próprios, terá exercido uma grande influência nesta sua decisão (muito acertada, do meu ponto de vista). Tradicionalmente, o segundo nome só surge quando a coisa está muito feia. Poderá ter a vantagem de alertar para que algo terrível está para acontecer, o que já não é possível para quem como eu só tem um nome. Mas como o tom de voz da Manhê sempre transpareceu as suas intenções, nunca tive muita dificuldade em prever eventuais sermões e outros do género.

Por outro lado, o meu nome tem um diminutivo muito sugestivo e, embora seja uma pessoa extremamente feliz quando me tratam pelo diminutivo (é ver este coraçãozinho a derreter-se todo), a verdade é que cá em casa, a intenção com que é utilizado não será apenas como uma manifestação de carinho, englobando toda uma estratégia de persuasão.

O "inha" traz quase sempre consigo um pedido associado. Eu já sei que quando me tratam assim, é porque querem pedir alguma coisa e estou tramada... sobretudo quando vem acompanhado por um inclinar de cabeça e um sorriso muito aberto.

Safei-me do segundo nome, mas não da chantagem emocional.



Inté*

domingo, 29 de dezembro de 2013

Bombeiros...

Relativamente ao calendário para o qual os Bombeiros de Setúbal foram fotografados, devo dizer-vos que por mim, a maioria devia estar de capacete...

Mas obrigada por apagarem os fogos.



Inté*

sábado, 28 de dezembro de 2013

Prendas de Natal: o que muda à medida que crescemos

Quando somos pequenos, os nossos principais desejos de Natal são muito concretos: bonecas, bonequinhas, carros (... e hoje em dia, brinquedos mais tecnológicos). Enfim, uma infinidade de coisas. Depois crescemos mais um bocadinho, e começamos a desejar  bens mais abstratos e menos coisas, até que um dia, já muito crescidos, deixamos de querer coisas e os itens abstratos passam a ser os nossos únicos desejos (muita saúde, muita alegria, muito amor, muita paz).

Porém, apesar desta mudança significativa de prioridades, se assim lhe podemos chamar, uma ideia permanece na cabeça dos adultos que é a de que o Pai Natal, neste caso a vida, uma entidade divina ou que cada um entender, providencia tudo aquilo que desejamos. É aí que me parece que os mais pequenitos nos batem aos pontos na realização dos seus desejos. Primeiro, porque aquilo que querem pode ser facilmente adquirido e segundo, porque acreditam que o merecem uma vez que, durante todo o ano, mediante uma ameaça mais séria da Mãe, frequentemente verbalizada pela frase: "se não te portares bem não há prendas!", esforçam-se por merecer tudo aquilo que recebem.

Nós adultos neste ponto, somos bastante ingénuos porque acreditamos que o sucesso, o amor, as expectativas realizadas, entre outros, nos caem no sapatinho sem esforço; que tudo é obra da sorte e do acaso... E começar a acreditar que, apesar dos imprevistos, os mais importantes condutores da nossa vida somos nós?

Vamos deixar de acreditar no Pai Natal, por favor?



Inté*

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Boa Páscoa!

O título do post não é uma manifestação demencial. Trata-se apenas de uma estratégia de marketing.

E parece que o Natal chegou outra vez. Tenho a sensação de que o intervalo entre os Natais é cada vez mais curto... quando somos pequeninos o tempo passa tão devagar! E a véspera de Natal? Como demorava até chegar a meia-noite! Pobre Manhê... lembro-me perfeitamente de passar o dia inteiro a perguntar-lhe "Que horas são Mãe? Que horas são?"...

Que o Natal vos traga tudo de bom: aquilo que pediram e também o que não pediram, porque nem sempre o que pedimos é o que precisamos e nem sempre o que não pedimos é desnecessário.

Muitos chocolatinhos obviamente, e muitas outras doçuras não dependentes de glicose mas que não se vendem por aí...



Inté*

sábado, 14 de dezembro de 2013

Quem se queixa, paga!

O Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos veio hoje dizer que não descarta a possibilidade das queixas apresentadas na Ordem dos Médicos virem a ser alvo de pagamento por quem apresenta a queixa. Devo dizer que não concordo com a medida, a menos que recebam mais de mil queixas por dia, o que não me parece. Ou então que a grande maioria das reclamações apresentadas seja completamente descabida... Não me parece aliás, que o povo português seja um povo muito "queixoso". Ou melhor, temos mais a tendência para nos queixarmos no meio da rua ou para os vizinhos do que nos locais apropriados, assim é que é.

Entretanto, quando li os comentários de várias pessoas a esta notícia, entre os quais se sugeria "dar dois socos no médico" e deixar de "pagar as propinas aos senhores doutores" (como?!...), fiquei a perceber que há por aí muita gente cuja mentalidade arcaica e capacidade exímia de estender o descontentamento a tudo e todos, merece as medidas que se vão implementando, por mais estúpidas que sejam.

Notícia aqui.



Inté*

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Miscelânea IV

Os posts têm sido sucintos e bastante esporádicos. Os dias também têm sido pequenos demais para fazer tanta coisa e há que ir estabelecendo prioridades.

O Natal está quase aí e eu já sinto aquele quentinho cá dentro de saber que qualquer dia chegam as noites à lareira, a famelga toda reunida, as boas resoluções para o novo ano, a ceia, as filhós... 

Já escrevi duas fitas e tenho mais duas à minha espera!

Hoje fiz um exame de Geriatria que podia ter corrido melhor. 

Tenho dormido menos do que o que queria mas não me posso queixar dos meus dias... Cansaço não é, inevitavelmente, sinónimo de desânimo.

Para a semana, tenho um horário que não lembra ao Diabo...



E pronto, este foi um post sem sentido acerca de um quotidiano que cada vez faz mais sentido ;)




Inté*

domingo, 8 de dezembro de 2013

A vida emagrece

Dizem que o 6º ano do nosso curso emagrece.

Estou à espera...mesmo com a Manhê a fazer sonhos de abóbora e outros que tais!



Inté*

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Almas boas



Alguém dizia que a morte de Nelson Mandela deixa o Mundo mais pobre. Não é a morte que deixa o Mundo mais pobre; uma vida verdadeiramente vivida não é anulada pelo desaparecimento de um corpo. O que deixa realmente o Mundo mais pobre, são vidas sem sentido, sem princípios e sem qualquer contributo. Não podemos dizer que este senhor deixa agora o Mundo mais pobre - ele deixa-o muito mais rico, porque conseguiu superar aquilo que o Mundo lhe deu a ele.



Inté*

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

NASA e os nabos...

Parece que a NASA quer plantar nabos na Lua (aqui). Oh por favor! Com tanto nabo que praí há, agora querem estender a produção a nível espacial?

Eu arranjo-lhes meia dúzia... eles que os plantem de cabeça para baixo a ver se pegam de pernada.



Inté*

domingo, 1 de dezembro de 2013

Olá último mês de 2013!

E eis que entrou Dezembro, esse mês que, apesar do frio, eu adoro tendo em conta tudo o que ele traz consigo e significa. Até lhe perdoo os dias de ventania e de chuva só pelas decorações das ruas, as luzinhas nas janelas e a lareira acesa da Avó. Para a semana montamos a Árvore e até já ouvi falar em ementas Natalícias! Venham as filhós, os pudins, os serões mais tardios e a famelga!

Quanto ao espírito da época e aos extensos debates que geralmente surgem nesta altura sobre a perda (ou não) do significado do Natal, já me pronunciei várias vezes sobre o tema e mantenho a minha opinião. Se os outros fazem desta época uma correria louca às compras, se a televisão se enche de campanhas de solidariedade que não se vêem no resto do ano e se as pessoas apelam a valores que parecem esquecer nos restantes onze meses, isso lá é com eles. O Natal continua a ser especial e a significar aquilo que entendermos independentemente do consumismo que vai lá fora.

Continuo a ter esperança de ver nevar no dia 25 de Dezembro... será que é este ano?



Inté*


domingo, 24 de novembro de 2013

Eish!

Os dias têm estado inesperadamente bonitos apesar do frio. Solinho e céu azul. Por mim, pode continuar assim até à Primavera (sim, eu sei que a chuva é precisa... mas quando me molho toda até ao queixo naqueles dias em que o guarda-chuva mais parece uma eólica, estou-me bem borrifando para esse tipo de questões ecológicas...). 

Ora, acontece que ultimamente, sempre que estou com amigos, o tema amour vem à baila. Não sei se esta Primavera transitória não terá alguma coisa a ver com o fenómeno... A verdade é que, infelizmente, a maioria das pessoas aborda o assunto para expressar o seu desgosto por não ter uns pezinhos quentinhos para aquecer os seus agora que o Inverno promete umas noites mais frias. Não fazia ideia da magnitude deste cenário, para vos ser sincera. Porque será que deram todos em falar do assunto agora?...

Estudante, como boa pessoa que é, partilhou o seu ponto de vista com os presentes. Assim, o raciocínio foi mais ou menos este:

Durante os estágios, os meus doentes gostam muito de mim, logo vamos estender as estratégias que usamos com os nossos doentes para o restante público!

Desta forma, exemplifiquei a conversa que costumo ter com os pacientes nas enfermarias na esperança de poder fornecer algumas dicas para a conquista:

"Bom dia, Senhor X. Como se sente hoje? Bem-disposto? Dormiu bem? Já tomou o pequeno-almocinho? O seu filhote veio vê-lo ontem? Olhe, diga-me uma coisa, já fez cocó hoje?"

Não foi uma intervenção aplaudida pelos restantes, embora eu não perceba porquê. Se calhar tiramos a parte do pequeno-almoço, não?



Inté*


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Suécia encerra cadeias por falta de criminosos

Podem ver a notícia aqui.
 
Alguém que avise os senhores suecos que nós temos muito produto para exportar... não é necessário encerrarem nada.
 
 
 
Inté*

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A minha vida e os minions...












Tudo tão eu, gentxi... nossa.


Inté*

domingo, 10 de novembro de 2013

Outoninho

Os dias já são mais pequeninos, a noite já tem mais pressa de chegar e render o companheiro de turno. Voltámos novamente ao Outono e a avaliar pela temperatura, o Inverno também não tarda em chegar.

Eu não gosto do Outono. Na verdade, acho que o único lugar onde esta estação pode ser bonita é numa pintura ou numa boa fotografia, em que o artista consiga captar aquela mistura de tons castanhos, vermelhos e amarelos tão típicos desta altura. Ao fim e ao cabo, acaba por ser uma época relativamente colorida, não fosse o cinzento dos dias de chuva.

Parece-me contudo, que esta melancolia doce que vem com a queda das folhas pelos passeios pode ser facilmente mitigada se mantivermos a Primavera cá dentro. As flores e as folhas podem ser perenes... que se mantenham perenes na minha pessoa até Abril, quando os dias forem brilhantes outra vez.



Inté*

sábado, 9 de novembro de 2013

Mensagens

Estudar na biblioteca da Faculdade pode não ser a melhor opção. Às vezes, o barulho que se instala consegue rivalizar com o ambiente de um bar numa Sexta-feira à noite... e por isso, as salinhas de estudo são uma melhor opção. 

O único inconveniente é que não são poucas as vezes que alguém, na esperança de encontrar também um refúgio onde se consiga estudar, nos abre a porta na esperança de ver uma sala vazia. Assim, não há nada como deixar um papelinho do lado de fora. E o que vão ver a seguir, foi o resultado de um desses dias de estudo.




Digam lá se não há pessoas simpáticas? Um Mundo melhor - com o patrocínio Voltaren.


E sim já sei. Não tenho dotes de fotógrafa... e não volto a pedir desculpa pela má qualidade das minhas fotos!



Inté*

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

E porque sete semanas já foram...

E pronto. Foi-se o estágio em Cirurgia Geral. Sete semanas que tinham tudo para dar mal, afinal acabaram por se tornar no melhor período de estágio que já tive, a par com Urologia que também não me despertava grande interesse. Já viram como a vida pode ser irónica?

Agora os meus dias são passados no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia que já não visitava há dois anos. Já não me lembrava como era ouvir o coração dos bebézinhos ainda por nascer na barriguinha das mamãs. Quem passar no corredor das consultas de Obstetrícia no timing certo, tem essa experiência encantadora de ouvir vários coraçõezinhos a bater em simultâneo (não subestimem os aparelhómetros que usamos para o efeito! Eles amplificam bastante os batimentos cardíacos!).

E sabem que mais? Eu que nunca tinha visto nascer ninguém, num só dia consegui ver três partos! Digo-vos de antemão que o parto propriamente dito não é bonito. Mas também não precisava de ser. O que o torna uma coisa verdadeiramente extraordinária é a probabilidade que acarreta de tudo correr mal - e isso raramente acontece - e a recuperação espontânea da mãe quando lhe apresentam o seu rebento.

Não sei qual dos dois o maior milagre, se o primeiro ou o segundo.



Inté*

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

São cada vez mais as medidas que o Governo propõe para equilibrar as contas e tapar o buraco que a insensatez vem escavando já há tantos anos. Um buraco que se tem tentado disfarçar - em vão, com os sacrifícios dos mais pequenos, pedindo-lhes que dêem aquilo que já não têm. Será que os senhores doutores não sabem que não é com pedrinhas do rio que se nivela uma vala? E, apesar de todo o esforço a que somos sujeitos, não parece haver maneira de solucionar os problemas com que alguns foram enriquecendo em detrimento de um país que era de todos.

Medidas que têm sido propostas e a que somos submissos, como se em nós já não ardesse a chama de um país que descobriu meio Mundo, que tem o Sol e o Mar como fiéis companheiros de jornada. Mais do que nos privarem daquilo que vamos ganhando com o esforço do nosso trabalho, vão-nos roubando o nosso orgulho, os nossos sonhos. Vão nos roubando a memória daquilo que já fomos e a esperança daquilo que podemos ser. E fazem-nos acreditar que não somos mais do que um número na Segurança Social, obrigado a assentir tacitamente a tudo aquilo que lhe é dito e "pedido". 

E assim, assistimos como a cada dia que passa, nos vão submetendo a esta nova forma de escravatura, com rédeas que não podem ser cortadas porque na verdade são invisivelmente colocadas. Uma escravatura mais dissimulada, construída por detrás de falsas promessas de salvação da pátria.



Inté*


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Casamentos patrocinados por farmacêuticas

O outro dia estive com a mana a discutir aquelas recordações que os noivos oferecem aos seus convidados nos casamentos. Lindas recordações, simbolizando o amor que uniu dois indivíduos e que guardamos com carinho. 

Hummm...

Nah!... Na maioria das vezes são objectos completamente inúteis que escondemos numa gaveta lá por casa e que um dia mais tarde acabam na pubela (Vá confessem lá!). De facto, chego a ter pena que assim seja porque supostamente, um dia tão importante na vida de duas pessoas merece qualquer coisa de mais simbólico. Foi então que a mana me questionou acerca do que eu gostaria de oferecer caso um dia me casasse. Respondi-lhe jocosamente que tudo dependeria da farmacêutica que me patrocinasse o casamento.
 
Na verdade, não tenho conhecimento de que isso alguma vez tenha acontecido, mas ela levou a ideia a sério e sugeriu "Viagra para os homens e Ovestin para as mulheres".
 
Parece-me bem. Se no fundo é o amor o principal responsável pelo evento, deixai-o expandir-se também para além da cerimónia.


 
Inté*

domingo, 29 de setembro de 2013

Eleições e relações amorosas - descubra as diferenças

Durante a campanha, até a rua mais recôndita merece a visita dos senhores candidatos. Aí vêm eles pela viela abaixo, acompanhados da sua lista que, na maioria das vezes, é constituída por pessoas que se voluntariaram para a foto do cartaz, mas que de política percebem tanto como eu. Um cortejo lindo de se ver! Só falta o andor para se tornar numa procissão, porque as promessas e os pregadores já lá estão.

Alguns também trazem bombos (e bobos...) e pulverizam de nuances circenses este grande fenómeno que é a campanha eleitoral. Com música ouve-se um pouco menos as possíveis mentiras que eventualmente possam escapar. De vez em quando, soam uns altifalantes com vozes sempre distantes, mas que por estes dias se forçam a uma maior proximidade com o povinho. E assim nos levam nas suas cantigas, tal qual uma noiva apaixonada se deixa enlaçar pelas ladainhas do seu mais que tudo. A conquista é esforçada, floreada quase etérea. Mas uma vez conquistada a donzela, que em termos políticos é o voto, acabam-se os bombos, as ruelas sem saída voltam a ostracizar-se e o vencedor espoja-se confortavelmente no sofá, com umas minis ao lado e por lá se deixa ficar. 

Desvanecem-se as promessas de um futuro a dois, de trabalho partilhado, de entre-ajuda; ficam os mesmos de sempre e os bobos. Esses, infelizmente, são sempre os que permanecem.



Inté*

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ratings... pfff!

Parece que durante a minha ausência, as agências de rating de um dos países mais endividados do Mundo, ameaçou classificar-nos abaixo de lixo. Uma pessoa não pode ausentar-se uns diazinhos que estes tipos aproveitam logo para fazer das suas...
 
Agências de rating, da forma como estão constituídas até hoje, não valem nada. Diria mesmo que estão abaixo de lixo, só para me expressar na sua tão lisonjeadora linguagem. Um país é mais que uma dívida. É o conjunto das pessoas que o formam, a cultura, a história... Por isso sou a favor de que estes tipos de classificações deveriam ser, e perdoem-me a linguagem medicinal, mais holísticas, e classificar o país tendo em conta a capacidade que este poderá ter ou não para ultrapassar as eventuais dificuldades económicas que atravessa - ou seja, estimando o seu verdadeiro potencial. Que isto está mal já eu sei, obrigada. O que eu gostaria de saber é se temos capacidade ou não de ultrapassar as nossas dificuldades.
 
Uma análise que se baseia essencialmente em atribuir classificações tão lineares, tão castradoras, tão desumanas (lixo?? Mas quem são eles para nos apelidarem de lixo?...), que muitas vezes acabam por agravar ainda mais a cotação de um país a nível internacional, que utilidade podem ter?
 
Moody's e afins, vão para o raio que vos parta. Grécia é lixo, Portugal é lixo? Nações muito anteriores à vossa, cheias de história não são lixo e nunca o serão por mais que vossas excelências nos queiram fazer acreditar que sim.
 
 
Passem bem.
 
 
 
 
Inté*

sábado, 14 de setembro de 2013

Considerações de Sábado

Até que enfim este estaminé se começa a parecer com o blogue de uma estudante do 6º ano, caramba! A minha ausência não é propriamente por preguiça, na verdade talvez seja exactamente o contrário... é que com a quantidade de coisas que tenho para fazer sobra-me pouco tempo para andar por aqui e, inclusivamente, para visitar os vizinhos blogosféricos.

Além disso, o Harrison é uma espécie de assombração que paira continuamente sobre a minha cabeça. Mesmo quando acabo o que tenho para fazer, tenho sempre ali este empecilho para ler... deixou portanto de existir tempo livre sem culpa. Já o consumo de chocolate tinha esta pequena nuance e agora o tempo livre também tem... Fuck.

Entretanto, passou-se a minha primeira semana de estágio em Cirurgia e parece-me que já lá vai um mês. Fiquei a saber, entre outras coisas de cariz mais académico, que tenho letra de "contadora de histórias" e mãos de pianista (Pois é minha gente, eu uso o mesmo tamanho de luvas cirúrgicas dos homens. Tumba!)

Tendo em conta a fama de frieza e falta de sensibilidade dos cirurgiões, não pude deixar de estranhar estes comentários...



Inté*

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Tum-tum, tum-tum...

Eu vi um coração bater. Lá ao fundo, por detrás do diafragma translúcido, adivinhei-lhe as formas pelos movimentos que fazia. Tum-tum, tum-tum... Estava ali, esse órgão que para além de bombear o sangue que nos nutre, bombeia na crença de alguns, os amores e paixões de cada um. Qual desses nos manterá com maior propriedade não vos posso dizer... há quem diga que é o segundo. Porém, não me consta que as hemácias carreguem love molecules para além do oxigénio. Contudo, verdade seja dita, existem situações mais emotivas que nos fazem perder o ar...

Um dia, alguém vai descobrir que afinal o amor é uma espécie de corrente eléctrica originária do coração, ali algures entre o nó sinusal e o nó atrio-ventricular, que de vez em quando e sem razão aparente, nos dá umas descargas valentes.



Inté*

domingo, 8 de setembro de 2013

Estes Domingos bucólicos, em que não se ouve nada além das nossas conversas, em que a tarde vai caindo vagarosa e preguiçosamente, são os Domingos típicos de Verão que mais me deixam saudades quando o Inverno se impõe com toda a sua força. Já tentei (em vão) acreditar que as estações mais frias do ano podem ter o mesmo encanto que a Primavera e o Verão, mas parece-me que o facto de ter nascido no mês de Março, ali pertinho do equinócio, me torna sol-dependente - há poucas coisas que me alegrem tanto como acordar de manhã e ver o dia brilhar lá fora...

***

Estou aqui a matutar acerca do dia de amanhã - sim, porque eu não sou pessoa que consiga evitar sofrer um bocadinho por antecipação - e a pensar se será o começo de sete agradáveis semanas no serviço de Cirurgia ou exactamente o oposto.

Rezemos pela primeira hipótese fiéis leitores.



Inté*



sábado, 7 de setembro de 2013

Buongiorno amici!

Parece que o que se tem passado nestes últimos dias por aqui é, muito provavelmente, a previsão do que acontecerá nos próximos meses... Começam as aulas e o tempo aperta logo. Acreditam que em cinco dias de aulas já tive um exame? Ah pois é... aqui não se brinca em serviço!

Para semana começo o meu primeiro estágio do 6º ano. Como calculam, todos nós devemos andar identificados com um cartão que até agora, mencionava o ano que frequentávamos e nos identificava como "estudantes". Qual não foi o meu espanto quando vejo que o meu cartão ostenta em letras garrafais a palavra "Estagiário". 

O quê? Mas está tudo doido? Quantas vezes não preferiria eu que a palavra "estudante" ali continuasse! Caramba... agora os doentes ainda hão-de pensar que eu sei fazer alguma coisa...

Já agora, quem é que adivinha qual a especialidade em que vou estagiar primeiro?
 

Inté*

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Agora é que são elas...

Primeiro dia de aulas do 6º ano. É oficial, a Estudante é Finalista. 




Inté*

domingo, 1 de setembro de 2013

Sporting-Benfica


Estes dois foram separados à nascença. Só pode...





É tudo o que tenho a dizer acerca do jogo de ontem.



Inté*

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Calma aí oh Karma!






Eu acredito no Karma, sobretudo no meu. No dos outros, até posso desconfiar da sua efectividade, mas comigo o gajo raramente falha.

Fomos dar a nossa volta diária de bicicleta, antes do jantar. Estava tudo a correr bem, até que passam por nós dois estereótipos de adolescentes totós (pitas...), com aquela fala irritante e com os meneios de quem está permanentemente a ser filmado. Ora, Estudante, como boca grande que é, não conseguiu evitar olhar para o lado no intento de formular um comentário mais jocoso com a sua irmã acerca do que acabara de ver. Porém, a boca fechou-se-lhe imediatamente de encontro a uma árvore. 

É isso mesmo. Fui de encontro a uma árvore porque estava pronta a gozar com duas moçoilas que passaram por mim e agora cheiro um bocado a resina...

Mas penso que podemos tirar uma conclusão muito válida de todo este episódio: não gozem com ninguém se estiverem perto de uma árvore.



Inté*

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Comodismo

A poucos dias do início do meu último ano como estudante universitária (o início do fim, como alguém disse), não consigo evitar os assaltos de reflexões manhosas que me vêm à mente (chatas pah...). Para começar, custa-me a crer que estes cinco anos tenham passado tão rápido e eu esteja exactamente na mesma. Não compreendo porque é que temos a ilusão de que com o passar do tempo nos vamos tornar pessoas completamente diferentes. Eu continuo igual à caloira que entrou em 2008. Até certo ponto, isso não me parece mal, contudo, por outro lado, espero verdadeiramente que uma eventual mudança que possa ter ocorrido em mim acarrete também uma certa amnésia, e que seja essa a verdadeira razão pela qual eu não me recordo de ser diferente... tenho um pensamento dicotómico, eu sei.

Uma coisa mudou. E agora que me vou dando conta disso, não posso deixar de sentir uma certa inquietação. Já vos falei aqui muitas vezes do meu desejo de ser Pediatra; foi esse desejo aliás, que me levou a candidatar-me a Medicina. Porém, com a passagem por outras especialidades, a verdade é que tudo se revelou como algo tão mais amplo e variado!... um mundo inteiro e aliciante por descobrir. A certeza de que me tornaria Pediatra e que me acompanhou até há bem pouco tempo, diluiu-se na descoberta de novas especialidades. Se por um lado, me parece saudável a receptividade a novas opções por outro lado, a perda do caminho tão bem delineado que eu traçara em 2008 não deixa de ser algo perturbadora.

A vida é tão tramada! Quanto mais certeza se tem de uma coisa, mais ela faz por nos trocar as voltas. É por isso que eu acho que ela é uma senhora cheia de sentido de humor. Mas mudar pressupõe sair da nossa zona de conforto, que é aquilo que muitas vezes não nos dispomos fazer. Quantas vezes não nos deixamos ir ao sabor da maré só por preguiça de encarar alguma coisa ou alguém. Noto não raramente, que as pessoas deixam que "a vida as viva" nas relações que têm umas com os outras; não se diz aquilo que se sente, não se faz aquilo que se pensa ser correcto fazer porque tudo isso pressupõe uma saída de algo que já foi estipulado, que se tornou automatizado, algo a que nos moldámos... Soltar as amarras pode ser mais desconfortável do que se tornar livre; mas no final não há preço que pague essa liberdade.


Inté*

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Conselho de Amiga Estudante!

Queridas senhoras que trabalham nos mais diversos departamentos da minha Universidade,

Acredito que o vosso sorriso seja lindo, embora eu nunca o tenha visto. Percebo que atravessamos tempos muito difíceis e que a vontade de mostrar os dentes não seja tão grande como outrora, mas acontece que eu já lido convosco há muitos anos para saber que não foram os sacrifícios impostos pelo Estado que vos apagaram a alegria de viver.

Lamento muito os traumas que sofreram na infância ou outros equivalentes, que vos influenciaram tanto a forma como me falam hoje em dia, sempre com um ar ameaçado e de quem está pronto a atirar-me duas pedras à cabeça. Eu não vos quero mal nenhum e, geralmente, não levo a Kalashnikov comigo quando vos vou pedir um carimbo ou uma declaração. Por isso, não tenham medo. Eu não sou agressiva e não mordo, podem baixar as defesas.

Se por outro lado, essa falta de simpatia e cordialidade for uma tentativa de evitar as rugas que teimam em aparecer nas pessoas que sorriem muito, desistam! Estar de trombas também faz rugas, sobretudo quando passam muitas horas do vosso dia com o sobreolho franzido.

Não têm nada que agradecer.



Inté*

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Pó de Arroz

Assinalou-se ontem o 25º aniversário da morte de Carlos Paião.

É um dos meus artistas preferidos, não pela voz propriamente dita, mas pela forma como escrevia. Tinha um enorme sentido de humor e além disso, era um grande conhecedor das expressões populares portuguesas, que tantas vezes incluía nas suas canções. É uma pena pensar que, se não fosse um estúpido acidente, poderíamos ainda hoje ter o prazer das suas letras, sempre tão subtis e tão cheias de significado.

Interrogo-me como um mesmo país pode criar artistas do calibre deste senhor e simultaneamente, ser terreno demasiado fértil para bandas que nem dignas são desse nome, criadoras de música puramente comercial, sem sentido nenhum - material para encher programas televisivos durante as tardes de Verão.


  Os Namorados


Marcha do Pião das Nicas 

Vinho do Porto


O Senhor Extraterrestre - interpretado por Amália Rodrigues


Eu Não Sou Poeta


Ga-Gago



Afinal, os médicos também morrem.


Inté*


domingo, 25 de agosto de 2013

Aproveitar enquanto dura...

Estou a regozijar-me com o primeiro lugar do Sporting.

O problema é o Campeonato ser tão longo, só isso.




Inté*

sábado, 24 de agosto de 2013

PARABÉNS Avó!


A Avó é uma pessoa muito peculiar e já vos tenho falado dela muitas vezes. É a minha única Avó, mas preenche tão plenamente o lugar que lhe foi reservado que, na verdade, é como se tivesse as duas (ou mais...).

A Avó é uma avó típica: baixinha, de óculos, adora ver-nos comer, está sempre preocupada connosco, acha-nos as melhores netinhas do mundo, gaba-nos a toda a gente... enfim. Mesmo à Avó.

Consta que esta senhora que hoje cumpre 67 anos, nos seus tempos de juventude, era uma mocinha muito bonita (continuas linda Avó, sim?). Muito magrinha, de olhos azuis e cabelo preto chamava a atenção dos rapazinhos cá do sítio. Mas o Avô era uma concorrência desleal: muito alto e encorpado, com fama de resolver os desentendimentos com uma boa cabeçada, deitou por terra os sonhos dos restantes e conquistou a Avó com umas cartinhas muito românticas que eu já tive oportunidade de ler e bolachinhas de baunilha (mais uma vez, aqui está a prova de que a comida sempre desempenhou um papel de destaque na nossa família).

A Avó tem esse estranho costume de considerar que o amor que nos tem é proporcional à quantidade de calorias que nos quer fazer ingerir (e se ela gosta de nós!...), mas eu gosto dela assim, com os olhinhos azuis pequeninos sempre atentos às suas crias.

E agora, com licença que eu tenho um almoço de aniversário para preparar!



Inté* 


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Quarta-feira

É Sexta-feira, eu sei. Foi só para ser diferente porque, geralmente, a Sexta-feira tem sempre um grande destaque no mundo blogueiro e a mim apeteceu-me contrariar a tendência, apesar do risco da atribuição de um rótulo de senilidade.
A bem dizer, nas férias é-me indiferente que seja Segunda ou Sábado e, portanto, a alegria que normalmente se apodera de mim durante as Sextas-feiras do ano esmorece um pouquinho agora durante o Verão. A verdade é que esta é a penúltima Sexta-feira em que isso acontece porque, dentro em breve, vai começar aquele que é considerado o pior ano do meu curso (dizem...).

Animador, não acham? O pobre tem tão má fama que às vezes tenho a sensação de que me condenaram à forca... Contudo, talvez não seja má ideia pensar assim. Vamos manter as expectativas o mais baixo possível, vamos pensar que vai ser péssimo para depois termos o prazer de descobrir que afinal não é bem assim.

Enfim... conversas de quem já vê o rabo perto da seringa.



Inté*

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

привет*

Só porque os russos representam a segunda nacionalidade que mais visita este blogue.


Inté


*привет = "olá" em russo... segundo o Google.

Às 22.30...

Ontem capotou um carro mesmo em frente à nossa casa. Questionei-me quantas corujas aqui do sítio não pagariam para que isso acontecesse à sua porta. Mas não; veio logo acontecer aqui, numa das ruas mais calmas que vocês possam imaginar. Contudo, isso não impediu que passado pouco tempo a rua estivesse plena daquilo a que eu carinhosamente apelido de abutres - não fazem absolutamente nada para ajudar e vibram com a desgraça alheia.

Fui tentar perceber se era precisa ajuda. Uma meia dúzia de homens já estava no local e queriam a todo o custo retirar o condutor do carro. Não imaginam a trabalheira que foi convencê-los de que não é correcto retirar assim as pessoas sem protecção nenhuma (a minha tenra idade associada ao machismo desta gente também não me facilitaram a tarefa... uma mulher a dar ordens a machos? Nãã...). Mas lá os dissuadi de tamanha asneira.

Sabem, a ânsia de virar o carro e a vontade de desencarcerar a vítima eram tão grandes, que ninguém se lembrava de conversar com a pessoa que estava presa lá dentro. Não se devem deixar as pessoas sozinhas. Se pudermos evitar que entrem em pânico e que se sintam abandonadas, tanto melhor. Não são precisas grandes conversas, nem temas muito elaborados... é só preciso mostrar-lhes que está ali alguém que as quer ajudar e que não vai embora até que tudo esteja resolvido.

Há pessoas que têm um verdadeiro dom para acalmar os outros. Falam-nos e parece que nada pode correr mal. A Manhê era assim comigo e com a mana. Podíamos estar cheias de dores ou todas ensaguentadas das quedas aparatosas que às vezes dávamos, mas a Mãe nunca entrava em pânico e conseguia sempre evitar que nós entrássemos também. É por isso que eu sei que a companhia de outra pessoa e umas palavras apaziguadoras podem fazer a diferença.


Inté*

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Esféricos (mais ou menos...)

Quando o Avô era pequenino, não havia dinheiro para bolas de futebol. Quando ganhava uns tostõezinhos, gastava-os em estalinhos que deitava nas ruas com os amiguinhos cá do sítio e, algumas vezes, também fazia pontaria às janelas (uma história que merece um post!...).

Mas, voltando ao futebol, não era por falta de bola que a rapaziada deixava de brincar. Não havendo bola de plástico ou de borracha, a solução estava no talho que na altura existia junto da Igreja. A bexiguinha do porco, bem lavada (às vezes...) e insuflada, provou ser uma boa substituta para quem não podia ter uma bola de verdade. Diz o Avô que eram bastante resistentes e não constituíam qualquer entrave às brincadeiras dos mais pequenos! Não havia cá melindrices relativamente à matéria prima do tão desejado objecto.

Mas não se choquem as almas mais sensíveis; havia quem usasse materiais muito menos ortodoxos. Ora, consta que um neto do coveiro conseguia "bolas" muito mais originais. Parece que, na ausência de alguém que reclamasse as ossadas, um crânio esquecido colmatava a falha do esférico...


Inté*

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Où est-il?

O que é que estão a achar do Verão mais frio dos últimos anos? 

Maya, foste promovida a meteorologista.



Inté*

sábado, 17 de agosto de 2013

Fogo Negro

Eram duas da manhã quando me levantei. Uma ventania imensa lá fora e um cheiro forte a fumo. Os incêndios são tantos nesta zona que até cinza nos cai no terraço. O céu também já perdeu o azul intenso, e é agora de um cinzento triste e pesado. O fogo tem esta característica de negligenciar a paleta da paisagem e por onde passa, deixa um imenso rasto negro, árvores despidas e negras outra vez - corpos vergados perante a força imponente do calor e das chamas.

Uns dias mais tarde, vencido o fogo, tudo é carvão e cinza. A punição daqueles que provocam esta catástrofe não devolve o verde, nem o azul, nem as vidas que se perdem, mas evitava a história que todos os anos se repete, uma e outra vez.



Inté*



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Descubra as diferenças...

.. entre o Botox:



... e o angioedema:






Inté*

Refeições em famelga!



Em casa da Avó, as refeições são muito peculiares. Começando pelas quantidades exorbitantes de comida que a Avó cozinha e terminando no facto de que existe uma surdez selectiva para a frase "já chega", garanto-vos que este acontecimento familiar é digno de um estudo mais aprofundado e quiçá, de um episódio na National Geographic.

A Avó é uma avó à antiga. Estamos sempre todos muito magrinhos e subnutridos e não há maior alegria que lhe possamos dar do que quando nos vê comer. Claro que nunca comemos o suficiente; Avó defende que podemos ingerir tudo o que tiver um tamanho menor ou igual ao nosso, como se fôssemos revestidos interiormente por um enorme estômago que começa na cabeça e termina nos pés...

Outro facto curioso é que é aconselhável dizermos "já está bom" antes mesmo de a Avó começar a servir o prato, porque depois de um "já chega" vem sempre mais uma colherada ou duas. Há que ser precavido.

Verdade seja dita que a Avó cozinha muito bem. Às vezes, até preferia que ela não tivesse tanto jeitinho, mas esta senhora não desilude!



Inté*