quarta-feira, 31 de julho de 2013

Oh faxabor...

.. era qualquer uma destas aqui:












Uma casinha de pedra, com uma grande lareira, um jardim com trepadeiras e um cão grande a correr na relva.

Obrigada!




Inté*

Brincadeiras do caraças

Bem, este (aqui) não era um assunto sobre o qual eu queria debruçar-me muito até porque é um desperdício fazer-se tanta publicidade a tal pessoa. Porém, não resisti. Estas pérolas têm de ser debatidas, não se vá dar o caso de entrarem em extinção.

Há gente que tem brincadeiras do caraças, mas esta de brincar aos pobrezinhos nunca tinha ouvido. Eu quando era pequena brincava a muita coisa, mas parece que este tipo de entretenimento está reservado a classes sociais mais abonadas. De facto, agora que penso nisso, não me lembro de alguma vez ter brincado aos pobretanas... que falta de imaginação a minha.

É interessante verificar como este tipo de comentários, que a meu ver revela uma falta de educação tremenda, vem sempre lá dos lados dos endinheirados. Não sei se será por serem eles os que mais são ouvidos ou se há mesmo um tóxico qualquer nas notas de 500 euros.

Há gente estúpida meus amigos. O dinheiro não garante carácter a ninguém e aqui está mais uma prova disso. O que me assusta é que é este tipo de gente, sem valores e sem princípios, que rege as nossas vidas porque infelizmente, não vivemos numa meritocracia mas sim numa democracia adulterada onde quem tem mais cifras no banco reina sobre os outros todos.

Um minuto de silêncio por todos os neurónios mortos que jazem na cabeça destas pessoas.



Inté*

terça-feira, 30 de julho de 2013

Questiono-me...

"Cem polícias "guardam" quatro políticos no Algarve" - aqui

É manifestamente pouco; como é que querem resguardar todos os portugueses apenas com 100 polícias?...


Inté*

A Relatividade do Tempo (um título pomposo, para variar)

O outro dia, uma amiga minha que estudou com a minha mana durante o secundário confessou-nos o desejo de ter um bebé no próximo ano. Estudante sentiu a realidade cair-lhe em cima e os pés de galinha a germinarem nos cantos dos olhos. Isto de estudar num curso tão longo parece que nos faz ficar eternamente presos às 18 Primaveras e só quando os amigos me dizem estas coisas é que eu percebo que, apesar das sapatilhas e do meu ar jovial, eu também tenho "crescido".

Com a minha idade, a Manhê já tinha duas meninas (mas nasceram ao mesmo tempo e portanto, não há que sobrevalorizar o número de rebentos).

Caramba... vai ter um bebé! É por isso que eu tenho de viver até aos cem, porque parece que até aos 30, vou ter sempre 18...



Inté*


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Boas ideias!...


 

Estes senhores estão encarregues da limpeza das janelas do Hospital Pediátrico em Pittsburgh.

Não sei se por acaso iniciativas destas não provam a existência de uma qualquer ligação entre o cérebro e o coração.


Inté*

domingo, 28 de julho de 2013

Famosos do meu país...

... ainda não percebi se vocês aparecem em festas de famosos porque são realmente famosos, ou se aparecem nessas festas para se tornarem famosos. É que na verdade, quando vos vejo na televisão, tenho sempre uma vaga ideia de nunca vos ter visto...



Inté*

sábado, 27 de julho de 2013

Tentámos salvar o Zé...

O Zé é um pardalinho que foi ter aos dentes do Simba, o meu gato. Pequenino e com pouca experiência, lá se deixou apanhar pelo mini-tigre cá de casa que pelos vistos, procurava uns minutinhos de entretenimento.

Foi o Avô que o encontrou, tombado na relva, cansado e imóvel. Mas o bichinho estava vivo e talvez o que "elas lá aprendem na faculdade, ajude a safar este!...". O Avô chamou a mana e pediu-lhe para o pôr perto do ninho - só o Avô é que sabe estar atento o suficiente para saber onde os pardais fazem os ninhos e escondem os filhotes.

Soro e betadine nas feridas, e umas gotinhas de água pelo bico abaixo com um conta-gotas improvisado, foi tudo o que pudémos fazer. A respiração do Zé não era normal e uma das patinhas parecia estar partida... muito provavelmente, o gato conseguiu quebrar o arcabouço de açúcar da avezinha. Estava mais que visto que a causa estava perdida mas a mana contestou o mau agoiro da Avó com um: "mais vale morrer quentinho do que aí desamparado".

A propósito deste assunto, das coisas que mais me impressionam, são as pessoas que morrem completamente sozinhas, seja nos hospitais, ou nos lares... Acho que estamos a medicalizar muito as coisas. No meu mundo ideal, cada um deveria ter o direito de optar por morrer em casa, se assim o desejasse. Certamente, existem casos em que isso não é possível, mas acredito que em muitos deles tal seria perfeitamente exequível com o provável apoio de pessoal médico ou de enfermagem (se necessário).

Porém, acredito que muita gente prefere não assistir à partida dos entes mais queridos e como "longe da vista, longe do coração", as instituições e os hospitais acabam por mitigar um pouco esse sofrimento. Apesar da controvérsia que eventualmente este tópico possa causar, sou a favor de que todos deveriam ter a possibilidade de se despedirem no local que mais lhe aprouvesse, perto de quem mais as confortasse.

***


O Zé acabou por morrer numa caixinha de sapatos forrada a algodão, essa nuvem improvisada de um céu onde nunca voou.



Inté*

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Miscelânea III

É só para avisar que estou viva. A marcha começou às 22h40 e às 5h30 estava em casa. Doíam-me um bocado os pés e a verdade é que no percurso final até casa tive de me descalçar. Mas a paisagem e o céu cheio de estrelas valem o esforço. As primeiras duas horas são sempre a subir e, pessoalmente, é a parte do percurso que mais custa. Cair não caí; ainda me socorri duas ou três vezes de umas manobras à Matrix mas consegui caminhar sempre na vertical. Obviamente que tive oportunidade de me rir um bocado com as quedas dos outros (que não foram graves!) fundamentais neste tipo de coisas.

Entretanto, o estágio em Neonatologia terminou ontem. A verdade é que eu criei uma grande expectativa e acho que isso acabou por prejudicar um pouco a percepção que tive destas duas semanas porque, embora eu tenha gostado, não pude evitar sentir alguma decepção. Contudo, valeu a pena. O toque dos bebés, aqueles dedinhos minúsculos que mais parecem amendoins e os olhinhos ainda de cor indefinida emanam uma ternura e uma tranquilidade tão grandes!

Tão pequeninos e tão perfeitinhos...



Inté*

sábado, 20 de julho de 2013

Marcha Nocturna

Aqui na minha zona, todos os anos se organiza a Marcha Nocturna. No fundo, é uma caminhada na Serra por um trajecto pré-definido. O principal atractivo que eu encontro neste evento é o facto de ser organizado durante a noite - percorrer a Serra durante a noite e ter o privilégio de ver o Sol nascer num dos pontos mais altos do país não é para qualquer um!

Assim, este ano juntámos um grupinho de amigos e hoje, por volta das 23.00 aí vamos nós! Escusado será dizer que costuma haver algumas quedas e escorreganços mas no geral, corre sempre tudo bem.

Aqui o céu ainda é muito clarinho, sem fumos nem smog, de maneira que à noite conseguimos ver milhares de estrelas, muito nítidas a brilhar lá em cima. Tenho pena de não vos poder mostrar o céu estrelado que eu vejo todos os dias, mas espero ainda conseguir tirar algumas fotos do passeio... e espero não dar nenhuma queda espalhafatosa.

Bom fim-de-semana!


Inté*


PS: já vi o Invictus. Não é exactamente o que eu estava à espera, porque tinha a ideia de que se trataria de uma biografia. Ainda assim, acho que vale a pena ver.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Continuação da minha crueldade infantil...

Na continuação deste post, lembrei-me de dois episódios que me marcaram para sempre, mas marcaram ainda mais a minha irmã.

Um certo dia de Inverno, o Avô ensinou-nos a fazer barquinhos de papel. Lá fizémos os barquinhos e, como boas engenheiras, Estudante e irmã decidiram testar a resistência das novas estruturas navais num tanque próximo de casa. O tanque, não era um tanque qualquer: era o tanque com que a gente daqui rega as terras de cultivo e portanto, era um tanque bastante grande que, em tempos remotos serviu muitas vezes de piscina improvisada.

Importa para esta história ter em conta que um dos lados do tanque se encontra ao nível do chão, visto que foi construído contra uma rampa.

Ora, a minha irmã decidiu colocar o barquinho dela a flutuar e deixou-se ficar de cócoras mesmo junto à água (naquele tal lado ao nível do chão) e vê-lo ir e vir consoante o vento soprava. Estava tudo na paz do Senhor quando a miúda se lembra de me dizer, a mim que estava justamente atrás dela, para não a empurrar para o tanque.

O que tu foste dizer! SPLASH! Não resisti e empurrei-a lá para dentro. Não aconteceu nada porque, apesar de a pobre criança ainda não saber nadar, safou-se muito bem e com o medo dos sapos que poderiam andar por ali, pôs-se cá fora em dois minutos.

O segundo episódio não foi tão engraçado porque resolvi empurrá-la de um muro para baixo e a miúda aterrou num monte de ervas e mais algumas coisas. Cuspiu palha durante três dias...

O Freud já não anda por aqui, mas se andasse, provavelmente me diagnosticaria como uma potencial serial killer.


PS: ainda não vi o Invictus... mas não passa de hoje!



Inté*

quinta-feira, 18 de julho de 2013

95 Primaveras

Nelson Mandela cumpre hoje 95 anos! Talvez seja o dia indicado para ver o filme Invictus.

Já alguém viu?




Inté*

quarta-feira, 17 de julho de 2013

É Medicina?

Não sei se se recordam de eu dizer que durante o Verão iria estagiar em Neonatologia. Pois, é exactamente o que eu ando a fazer agora. Como o serviço em que me encontro não é dos maiores, aproveito também para dar uma volta na Pediatria e assistir a Consultas de Desenvolvimento. Nestas consultas, temos os pequenitos que, por uma razão ou outra, se apresentam com dificuldades de aprendizagem, mau comportamento entre outros.

Como devem calcular, é uma área difícil porque, na maior parte dos casos, não se encontra uma causa visível para o problema, a cura é pouco provável e o trabalho do médico é, muitas vezes, o de apoio às crianças e à família.

A médica com quem estou a estagiar hoje dizia que muitas vezes se sente frustrada porque "tem muito pouco para lhes dar". E houve ainda quem dissesse que o trabalho que ela exercia nesta área, não era Medicina.

Não compreendo como se pode dizer uma coisa destas. Nem sempre podemos curar as pessoas que nos procuram mas isso não significa que essas pessoas não precisem de ajuda. A Medicina ideal, a Medicina da doença, tratamento e cura seria a plena realização de qualquer médico! Mas isso não significa que, quando a natureza se impõe como força mestra, quando o nosso conhecimento ainda não é suficiente, não estejamos a praticar Medicina. Se assim fosse, não faria sentido a criação dos Cuidados Paliativos, por exemplo. Nunca vamos conseguir vencer sempre a doença... e cada vez mais, as doenças crónicas, e portanto "não curáveis" ganham terreno tornando esta expectativa ainda mais remota.

A Medicina não deve ser apenas uma forma de o profissional satisfazer o seu ego com a resolução de casos clínicos; isso seria muito pouco altruísta. Cuidar e apoiar também fazem parte da boa prática médica.

Cuidar e apoiar também são Medicina. E ajudar os meninos que já pela sua condição são muitas vezes vítimas de alguma discriminação por parte dos colegas, porque são tidos como "burros", é sem dúvida, um acto muito nobre.



Inté*

terça-feira, 16 de julho de 2013

Mau génio

A Manhê diz que eu tenho mau feitio. Mas eu não tenho mau feitio... posso é ter uma maneira diferente de me expressar, that's all... E já há bastante tempo!

Lembro-me quando era pequena, naquelas alturas em que ficamos sem apetite (já não sei bem o que isso é...) e as mães insistem em nos enfiar a comida pelas goelas abaixo, de ouvir muita vez:

Manhê: Não comes? Sabes que em África há muitos meninos a morrer à fome??

Mini-estudante: E se eu comer? Eles deixam de ter fome?


E safava-me assim ao martírio da refeição com bastante subtileza.



Inté*

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Todos diferentes, todos iguais...

Parece que está na moda dizer que não se é normal.

Parece que é bué fixe ser-se rebelde e só dizer disparates.

E nesta tentativa de se querer ser diferente, ficam todos iguais...



Inté*

domingo, 14 de julho de 2013

Coisas que nunca se devem dizer a uma Mãe...

Txiii... Manhê! Tens o DOBRO da minha idade!


Estudante, já foste.



Inté*

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sem título porque estou sem ideias



Esta frase preocupa-me porque, normalmente, eu rio-me de muita coisa... (quase tudo!). Por isso, prefiro a seguinte:



Esta segunda é, sem dúvida, uma grande virtude. Não pode haver coisa melhor do que uma pessoa com sentido de humor. Rir é o melhor remédio, não é verdade?



Inté*

quinta-feira, 11 de julho de 2013

The Bucket List

Não sei se já ouviram falar deste filme ou se já tiveram oportunidade de o ver. É um filme de 2007 e tem como protagonistas os actores Jack Nicholson e Morgan Freeman. Resumidamente, trata-se da história de dois homens com cancro que, perante a sua reduzida esperança de vida decidem fazer uma lista daquilo que gostariam de fazer antes de morrer.

Gostei do conceito... tenho de escrever a minha bucket list. Não que vá falecer dentro em breve (ou pelo menos isso espero), mas acho interessante deixar registado os pequenos grandes desejos que tenho em mente. Quanto mais não seja, daqui a muitos anos verei se consegui ou não cumprir todos os meus objectivos.


E vocês? Já fizerem a vossa bucket list?



Inté*

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Cinema... cadê?

Na minha cidade deixou de haver cinema. Bahh... já havia pouco que fazer por estas bandas mas agora ainda há menos. É a prova de que as coisas podem sempre ficar pior...

Querido cinema, tenho saudades tuas! E das pipocas e dos cartazes na entrada!...


Já pensaram na quantidade de primeiros encontros que se deixam de fazer no escurinho do cinema nesta cidade?... E as mãos dadas...


A crise é uma "anti-romance"!



Inté*

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Mulheres... esse ser complicado

O faa (que para quem não conhece mora aqui), colocou uma questão muito interessante:

"Como é que as mulheres gostam de ser abordadas por um homem que não conhecem?"

Ora, talvez eu não saiba dar muitas dicas mas posso contar-vos um episódio que ilustra bem o que não se deve fazer.

Foi na passada Sexta-feira, durante uma festa ao livre. Estava eu acompanhada pela minha irmã e por algumas amigas quando se aproxima de mim um rapazinho de copo na mão e diz:

"Eu lembro-me desta rapariga!"

Deu-me imensa vontade de rir, porque eu nunca o tinha visto na vida. E além disso, lembrar-se de mim e não se lembrar da minha irmã gémea é um pouco difícil...
O ínicio da conversa era claramente ponderado há mais de meia hora: tom de quem decorou tudo o que ía dizer, com uma estratégia bem delineada e ainda por cima bastante vulgar com o típico "eu conheço-te de algum lado".

O meu erro foi responder que era de Medicina. A partir daí o que parecia mau ainda conseguiu piorar, com o raio da rapaz a querer mostrar os seus parcos conhecimentos na área e a esforçar-se ao máximo por se mostrar inteligente... Minha gente! Os estudantes de Medicina também gostam de falar de outras coisas que não sejam doenças e descobertas científicas!

Os temas foram extremamente variados desde o mecanismo de retracção dos testículos com as alterações de temperatura até à "materialização do vírus da SIDA numa bactéria" (OMG...). Enfim. Um descalabro. Ainda por cima o moço não percebia os meus comentários sarcásticos e consentia em tudo o que eu dissesse. 

Por isso, em resposta ao faa e a todos a quem possa interessar:

1) não abordem uma pessoa só porque não têm mais nada que fazer
2) sejam simpáticos mas não sejam melosos
3) sejam VOCÊS! Como em tudo na vida, se alguém não gostar de vocês como são é porque essa pessoa não vale o esforço... e portanto, não concordem sempre com o que a pessoa diz e não passem o tempo todo a querer mostrar uma pessoa que não são. É que esse tipo de atitude detecta-se a léguas!...
4) e por fim, sejam sinceros. Elogios só porque sim não valem nada.
E se quiserem dizer que a rapariguinha tem um sorriso bonito digam... não façam como me fizeram a mim ("Tens uns bons dentes...")


Inté*

quarta-feira, 3 de julho de 2013

At first sight

O Amor à primeira vista é muito gabado. Expoente máximo daquilo que pode ser o sentimento mais amado (e mais odiado) do Mundo. Quanto a mim, o amor à primeira vista é sobrevalorizado. Eu não acredito no amor à primeira vista; o amor pressupõe tanta coisa... como é possível amar alguém sem a conhecer? Nah... amor à primeira vista não é amor. É outra coisa - arranjem-lhe outro nome!
Eu acredito muito mais no amor à segunda vista, à terceira... quando uma pessoa aparece todos os dias, vezes e vezes sem conta; quando todos os dias gostamos um pouquinho mais dela. O amor à primeira vista só existiria se, depois de sabermos que amamos, víssemos a nossa pessoa outra vez, pela primeira vez...
Inté*

Coisas pouco compreensíveis

O saco da ração dos nossos gatos tem escrito em letras garrafais:
 
"Delicioso".
 
 
Há mesmo alguém cujo emprego se resuma a provar comida de gato?...
 
 
 
Inté*