terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Pormenores...

Destes últimos dias, apesar da azáfama - que na verdade é mais cá dentro do que lá fora - vão sobressaindo pequenos pormenores que, canalizando a minha atenção, mesmo que por pequenos períodos de tempo, frenam a aceleração que por aqui (mãozinha no peito) vai.

No Sábado passado, saídos de casa quase de madrugada, ainda o Sol não tinha nascido, já nós íamos a caminho da minha futura cidade. Mas aquela que eu deixei para trás, naquela manhã ainda por nascer, era um reflexo perfeito do céu, com as luzinhas das casas polvilhadas aqui e ali - um espelho irrepreensível das estrelas que ainda se podiam ver no plano acima.

A caixa onde guardamos o Presépio, que montámos hoje ao lado da árvore de Natal, é a mesma caixa desde que eu tenho memória da quadra Natalícia. Uma caixa hexagonal, em tons de castanho e beije, onde um dia alguém trouxe um pão-de-ló de Margaride. Está bastante mais velhinha, mas mantém um charme e um encanto que lhe valem um estatuto bastante especial no meu Natal. Esta caixinha é quase tão importante como a lareira acesa em casa dos Avós ou a fritura das filhós no dia 24. Quase que me apetece levá-la comigo; porque eu acredito que aquela caixinha, para além de guardar o Presépio guarda todos os Natais que eu já vivi.



Inté*

13 comentários:

Maria do Mundo disse...

Há objectos assim...muito mais que objectos...são parte das nossas vidas.

Anónimo disse...

É toda a infância numa caixa de pão-de-ló. ahah

Estudante disse...

Maria do Mundo: sim, é verdade :)

esperto que nem um alho: ahah :D é isso mesmo! Eu acho quase poético guardar o Presépio numa caixinha de pão-de-ló :)

ó menina disse...

:)
Tens uma caixinha torácica que guarda o mesmo...

Estudante disse...

ó menina: bem visto ;)

Linhas Cruzadas disse...

Há objetos que transportam memórias. São belos pelo que nos recordam e não pelo que são.

Gaja Maria disse...

Daquelas coisas que crescem connosco e que ficam para sempre:)

Alex disse...

Há objectos muito marcantes nas nossas vidas. Também herdei o presépio da minha infância e gosto tanto.

agatxigibaba disse...

Isso faz-me lembrar a caixa onde a minha avó guardava as figuras do presépio, metade já sem pernas ou cabeça (os pastores e as ovelhas, pelo menos), mas que colocamos sempre ano após ano :)

Joana disse...

Leva-a contigo!
A partir de agora, começas a construir o teu cantinho e o teu mundo! E geralmente começamos sempre com aquelas coisas de sempre e que nos fazem sentir em casa! Mesmo que mudes de casa, daqui a um ano! Trust me! :D

redonda disse...

Talvez dê para começar uma caixinha nova...

Estudante disse...

Linhas Cruzadas: :)

Gaja Maria: é isso mesmo ;)

Alex: que giro! :)

agatxigibaba: :)

J-o-a-n-a: :D

redonda: sim ;)

Paula disse...

Lindo!...