segunda-feira, 4 de abril de 2011

Era uma vez...

... a disciplina de Geriatria. Começou hoje, depois do meu último exame. Não fosse a professora ser brasileira e ter um sotaque muito engraçado, e eu tinha desatado a chorar! Ouvir falar de quedas, de demência, de Parkinson, deprime-me. Ainda não acredito que um dia vou ficar velhinha, meia surda, com uns óculos muito grandes e o umbigo no meio das mamas... Já ficava contente se não tivesse artrose, nem Parkinson, nem nenhuma dessas doenças! (O Diabo seja cego e não tenha internet).
Também falámos de factores que influenciam o psicológico dos idosos, sendo que um deles era a reforma. A minha colega contrapôs logo:

- Ah, nós não vamos ter esse problema... não se prevê que tenhamos reforma.

Foi então que eu verti uma lagriminha.



Inté*

4 comentários:

Nawita disse...

Estudante,

também deprimo muito com esses assuntos. o que mais me entristece é saber que há muitos idosos completamente sós, ninguém devia passar por isso.
mas o pior mesmo é ter o umbigo no meio das mamas.
A minha mãe reformou-se este ano, com 74 anos, estamos todas preocupadas pois vemos que ela anda a dar em doida por não estar tão activa como antes.
não quero chegar a velha, não quero mesmo.

Estudante disse...

Bem, admiro a tua mãe! 74 anos?! Isso é espectacular! Pois, também temos falado do problema que é para os mais velhos ficarem na reforma. Perdem a rotina e não estão habituados a tanto tempo livre. Mas também tenho aprendido que isso tem solução :) temos de ajudar os nossos anciãos a encontrar estratégias para ocupar o tempo e para verem o passar do tempo como uma etapa natural da vida! Envelhecer não tem de ser mau :)

E olha, eu quero envelhecer.. ser uma velhota gaiteira! Cheia de energia ;)

Nawita disse...

A minha mãe recusa todas as propostas que lhe fazemos, passeios, actividades com os outros velhotes aqui do bairro, viagens, etc...
só quer estar com os netos, espero que com o chegar do bom tempo ela anime.

uma velhota com energia e independente, ainda aceito, mas ter que depender dos outros, ser tratada como um bebé e ter que ouvir ranhosos que não sabem nada da vida a acharem que sabem mais do que os mais velhos, isso é que não.

Paula disse...

Pois fica sabendo que nem todo(a)s o(s)s velhinho(a)s são assim!...
Aqui ao pé de mim há velhinhas lindas, fantásticas, cheias de bom gosto e "peneiras"! Claro que também há todos os outros, mas ninguém disse que a vida é justa...