segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A TPM pode resultar em textos relativamente filosóficos

Ensinaram-me (ou aprendi, que isto de vivermos inseridos em comunidade faz-nos absorver muitas coisas passivamente) que todos temos sonhos. Então, desde que as minhas sinapses cerebrais se iniciaram nessa aventura do pensamento, dou por mim com uma lista mental de acontecimentos por concretizar.

O sonho é uma embriaguez brutal. Lembro-me de ter cumprido o meu primeiro grande sonho, que era entrar em Medicina, e de não ter visto nenhum espectáculo de luzes ou ter sido elevada a um nível superior... O sonho concretizou-se e pronto. E depois dele veio outro e outro ainda. Daí que tenha chegado à conclusão de que a alegria do sonho está na esperança que nutrimos de que ele seja concretizado e não na concretização em si...

...da mesma forma que a alegria da viagem está no caminho e não propriamente na chegada.


Inté*

7 comentários:

Anónimo disse...

"Prontes", sendo assim não vou tecer comentários filosóficos acerca dos sonhos.
Primeiro porque não tenho TPM.
Segundo porque o primeiro pensamento que me "jorrou", logo que comecei a ler o texto, foi precisamente o que está explícito no último parágrafo.
Se bem que nem todas as viagem decorrem do mesmo modo.
Pergunta à Susi se as viagens dela de autocarro, com as velhas sentadas ao colo, são revestidas de toda essa alegria do caminho, ou se o desejo dela não é atingir o fim, o mais rapidamente possível?!?!?!

Mary Jane disse...

Oh, acho que sim. Aprendemos muito passivamente e muitas coisas que aprendemos achamos que são de autoria própria quando na realidade não são! Quanto aos sonhos, tens toda a razão: os sonhos são grandes, mas a viagem é que é doce. É por isso que os adeptos da Psicologia Positiva sugerem que se formulem pequenos sonhos diários, porque se uma pessoa fica presa a um ponto de chegada, que muitas vezes se revela só isso, fica desiludida e em crise de identidade.

João Pedro disse...

Eu não tenho TPM por causa de ser menino :( Acho que o único sonho que me deixou com os olhos a brilhar foi conduzir, sou tolo por carros, comprei carro, ainda não tirei a carta mas queria ter um gosto de condução e quando tive a oportunidade de poder colar o ponteiro a uma velocidade considerável fiquei tão feliz que nem parecia que estava a acontecer. Ora a jornada até ter carro foi chata e não deu gosto, deu gosto foi o final, no entanto, como era um carro, "a alegria da viagem" esteve" no caminho e não propriamente na chegada". XD

Estudante disse...

Marcolino: opá, nem me fales em viagens de autocarro que eu também tenho umas quantas histórias x) e sim, nesse caso o que eu quero é que a viagem acabe o mais rapidamente possível!

Mary Jane: "sonhos diários"... gostei do conceito ;)

João Pedro: há quanto tempo não te via por aqui! O último parágrafo do teu comentário é qualquer coisa de extraordinário x)

João Pedro disse...

Tu é que te pisgaste! Eu estou sempre aqui.

Patrícia disse...

Não poderia estar mais de acordo. É sempre assim: o importante é o caminho que traçamos para alcançar as coisas e não o momento em que o alcançamos.

Até porque nesse instante normalmente o que nos vem à cabeça é todo o esforço (maior ou menor) que fizemos para ali chegar.

Estudante disse...

João Pedro: de vez em quando temos de nos ir pisgando ;)

Patrícia: obrigada :)