sexta-feira, 18 de outubro de 2013

São cada vez mais as medidas que o Governo propõe para equilibrar as contas e tapar o buraco que a insensatez vem escavando já há tantos anos. Um buraco que se tem tentado disfarçar - em vão, com os sacrifícios dos mais pequenos, pedindo-lhes que dêem aquilo que já não têm. Será que os senhores doutores não sabem que não é com pedrinhas do rio que se nivela uma vala? E, apesar de todo o esforço a que somos sujeitos, não parece haver maneira de solucionar os problemas com que alguns foram enriquecendo em detrimento de um país que era de todos.

Medidas que têm sido propostas e a que somos submissos, como se em nós já não ardesse a chama de um país que descobriu meio Mundo, que tem o Sol e o Mar como fiéis companheiros de jornada. Mais do que nos privarem daquilo que vamos ganhando com o esforço do nosso trabalho, vão-nos roubando o nosso orgulho, os nossos sonhos. Vão nos roubando a memória daquilo que já fomos e a esperança daquilo que podemos ser. E fazem-nos acreditar que não somos mais do que um número na Segurança Social, obrigado a assentir tacitamente a tudo aquilo que lhe é dito e "pedido". 

E assim, assistimos como a cada dia que passa, nos vão submetendo a esta nova forma de escravatura, com rédeas que não podem ser cortadas porque na verdade são invisivelmente colocadas. Uma escravatura mais dissimulada, construída por detrás de falsas promessas de salvação da pátria.



Inté*


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Casamentos patrocinados por farmacêuticas

O outro dia estive com a mana a discutir aquelas recordações que os noivos oferecem aos seus convidados nos casamentos. Lindas recordações, simbolizando o amor que uniu dois indivíduos e que guardamos com carinho. 

Hummm...

Nah!... Na maioria das vezes são objectos completamente inúteis que escondemos numa gaveta lá por casa e que um dia mais tarde acabam na pubela (Vá confessem lá!). De facto, chego a ter pena que assim seja porque supostamente, um dia tão importante na vida de duas pessoas merece qualquer coisa de mais simbólico. Foi então que a mana me questionou acerca do que eu gostaria de oferecer caso um dia me casasse. Respondi-lhe jocosamente que tudo dependeria da farmacêutica que me patrocinasse o casamento.
 
Na verdade, não tenho conhecimento de que isso alguma vez tenha acontecido, mas ela levou a ideia a sério e sugeriu "Viagra para os homens e Ovestin para as mulheres".
 
Parece-me bem. Se no fundo é o amor o principal responsável pelo evento, deixai-o expandir-se também para além da cerimónia.


 
Inté*