domingo, 28 de agosto de 2016

Spoooorting!

O meu Sporting está em primeiro lugar! Yeaaah! De resto é bastante frequente que o Sporting esteja em primeiro lugar nas primeiras jornadas... e depois eehh, pronto.

Alguém que explique àquela malta que também é importante chegar ao final do Campeonato em primeiro lugar. Convém, compreendem? Começar em primeiro é muito fixe e tal mas só leva a taça quem chegar ao final em primeiro!

Vamos lá, interiorizem isto, sim? Se faz favor. Já ninguém aguenta outros 18.


Inté*

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Cá por coisas...

Vocês acharam o meu último post agressivo, não foi?

Mas em minha defesa tenho a dizer que, esta semana, um dos temas debatidos num desses estupendos programas da manhã da televisão portuguesa foi baseado na pergunta "porque é que os homens coçam os testículos?" 

Pois é. Chegámos a este ponto, meus amigos. Não existem, certamente, assuntos mais interessantes do que tentar compreender porque é que há homens que são... vamos lá, um bocado para o porcalhão. E terem utilizado o termo testículos já não foi nada mau! Espantou-me o facto de não terem aderido a analogias leguminosas.

Olhem, mudando de assunto: amanhã, pela hora de almoço, chegam a Manhê e o Beau-père. A ementa prevista é um patê de ovos para a entrada, sopinha de couve coração de boi e tomilho, caldeirada de raia e pudim de caramelo. Parece-vos bem? 


Inté*

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

E agora, baixando o nível, mas só um bocadinho

Caros produtos de "abertura fácil":

Só para vos dizer que há pessoas mais fáceis de abrir.



Inté*

Forreta!... e outras coisas.

Eu sou uma mão de vaca (acho que já vos disse, não já?).

Das piores coisas que me podem acontecer, é comprar um produto e ver que, dois dias depois, entrou em promoção e ficou a metade do preço. É chato.

E hoje de manhã, enquanto tomava o pequeno-almoço (papinhas de aveia, quando na verdade o que me apetecia mesmo era uma bruta tosta mista...), dei conta de que se tivesse comprado hoje o que comprei há três dias, poupava metade do dinheiro. Bahhh...

Estou a olhar lá para fora e está com cara de quem vai chover. E eu deixei o meu chapéu no hospital.

Ah, esperem! E hoje acordei às 6h da matina, uma hora e meia antes do despertador tocar. C'a mania que é padeira.

Isto está bonito.



Inté*

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Vamos falar de coisas boas?

No próximo fim-de-semana vou receber a visita da Manhê e do Beau-père; vão ficar uma semaninha cá em casa. A Manhê é daquelas pessoas que torna tudo mais bonito  - é assim uma espécie de toque de Midas.

Quando esteve cá em Julho, parecia que a cidade tinha ficado cheia de luz. Para ela tudo é bonito, tudo vale a pena; fala com toda a gente, descobre mercearias que eu nunca tinha visto em seis meses, fica a saber o nome do peixeiro, da senhora da papelaria, do merceeiro... enfim. A Manhê tem uma energia que contagia.

Sabem quando nos desenhos animados aparece uma fada que com um toque da varinha de condão faz aparecer uma cortina de cores que vai cobrindo o cenário? Assim com uns pozinhos brilhantes que vão caindo sobre a paisagem? É a Manhê.



Inté*

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Sem floreados

Todos os dias há doentes que têm alta e que não regressam a casa porque o cuidador (familiar ou outro) se recusa a levar o doente para casa (e não me refiro a situações em que não existem condições para acolher o doente...). Por mais que lhes seja explicado que o doente não cumpre critérios para ser reencaminhado para unidade de convalescença ou unidade de cuidados integrados, insistem que não o levam. E pronto. E fazem-no porque sabem que nós não vamos pegar no doente e pô-lo à porta. Ficamos então encarregues de procurar algum local que possa acolher o doente. Enquanto isso, temos uma cama inutilmente ocupada que poderia servir a alguém que realmente necessita de cuidados hospitalares; enquanto isso, são dias e dias (às vezes, semanas!) de internamento, com todos os custos associados, sem qualquer necessidade. As despesas em saúde são muito elevadas? Não compreendo porquê... E enquanto isto, os cuidadores permanecem completamente impunes e sem qualquer tipo de consequência perante uma atitude de abandono.

O abandono de doentes idosos é muito, muito frequente. Mas não tem tanto impacto em nós enquanto sociedade como tem o abandono dos animais. Nem causa tanto impacto como causaria o facto de, se de repente, os pais começassem a abandonar os filhos a torto e a direito nas enfermarias de Pediatria. O abandono dos idosos não tem este impacto porque são velhos. São pessoas que já foram esquecidas, que são um peso, um incómodo... é bem patente neste tipo de situações o desprezo que damos às pessoas da terceira idade.

Portanto, e para terminar, nós vivemos num país que pode punir com pena de prisão quem abandona um animal de companhia (e muito bem!), mas que não criminaliza o abandono de idosos nos hospitais e não cria meios de ajuda para quem não os quer abandonar. 

Perfeito.



Inté*

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Conclusões

Talvez o ser Humano não seja tendencialmente bom. Já estive certa de que éramos intrinsecamente bons (e acho que até escrevi sobre isso!), mas tendo em conta o estado do Mundo e as coisas que ouço todos os dias, é impossível conseguir acreditar que nascemos bons. Ou então, não nascemos bons nem maus mas algo nos leva, tendencialmente, a optar pelo pior caminho. 

Bem vistas as coisas, não digo isto com um tom fatalista porque acredito que possuímos uma arma quase infalível para solucionarmos o problema, e essa arma é a educação. Acontece que talvez, nem todos nós estejamos munidos dessa arma. E embora grande parte das pessoas que vemos todos os dias não seja , também não é boa. E não ser mau é claramente insuficiente. Não basta não matar, não roubar... temos de ser realmente bons, mesmo nas coisas pequenas! Termos cuidado com o que dizemos, termos cuidado na maneira como tratamos os outros, sorrirmos mais, ajudarmos mais! Não esquecendo que educar é dar o exemplo. 

Se pensarmos que mais de metade do Mundo está em guerra, reparem nos milhões de crianças que são educadas nesse clima de maldade, de desespero... como é que podemos ter um Mundo feliz nessas condições? E quem não é feliz, maior dificuldade terá em ser bom...

Mas há esperança, claro que sim. Se somos capazes de coisas tão bonitas como a música, a pintura, o voluntariado, é porque temos também em nós qualquer coisa de muito bom.


Inté*

Vou cortar um dedo!

Minha gente, há por aqui uma equipa de Cirurgia que é coisinha para alegrar a vista.

Estou capaz de cortar um dedinho.
O mindinho, vá. Só assim um corte de três pontinhos...



Inté*

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Elogios

CUIDADO: vou ser má. E crucificada talvez, mas vou ter de desabafar convosco porque é algo que está aqui dentro, muitas vezes adormecido, é certo, mas que as redes sociais insistem em despertar em imensas ocasiões, e me deixa doente.

Vocês sabem que o valor dos elogios é muito relativo, certo? Por exemplo, elogios vindos da mãe ou da avó devem ser sempre alvo de um atento escrutínio, dada a sua clara falta de imparcialidade. A Manhê e a Avó também dizem sempre que eu sou muito linda e isso em mim já não tem efeito extremamente nenhum (talvez entre -10 e zero, vá) porque eu sou uma pessoa com um espelho redondo na casa-de-banho e porque sei que a realização pessoal não passa por uma carinha laroca e, portanto, convivo bem com a minha ausência de beleza (ausência de beleza... Não é o mesmo que ser-se feio). 

Ora bem, acredito que a maioria de vocês tenha Facebook (essa coisa inútil que eu não desactivo porque me ajuda a recordar alguns eventos e datas de aniversário) e, portanto, estarão familiarizados com esse fenómeno que eu muito carinhosamente apelidei de "mentira descaradona". E que fenómeno é esse, Estudante? Passo já a explicar.

Sabem quando alguém coloca uma fotografia e surgem comentários como "que linda!", "Uau! Que gata", "Estás maravilhosa", e outros que tais, que fazem alusão a uma beleza inexistente, cuja visualização só pode ser explicada por um amor incondicional por parte de quem escreve ou por interesses doutro tipo? Não vos faz confusão?... ver como a pessoa não foi abençoada por Deus com os pós da beleza e, ainda assim, é alvo deste tipo de comentários? Eu acho ofensivo... porque é mentira, claramente!

Todos nós já fomos vítimas deste tipo de comentários, certo? Mesmo até em reuniões de família. E é tão constrangedor! Eu acho quase ofensivo que alguém me elogie desta forma porque, ou a pessoa quer ser agradável, ou é zarolha de todo.

Mas há elogios piores! Também já devem ter reparado naqueles indivíduos que, e isto é mais frequente nas felicitações de aniversário, elaboram grandes discursos em que o visado é a "melhor pessoa do Mundo", "com um coração enorme", "super inteligente", "grande amigo" bla, bla, bla... e vocês assistem impotentes a algo que sabem ser completamente mentira e sem sentido nenhum mas não são capazes de desmentir. Enfim.

Há formas de elogiar sem mentir. Podemos dizer que gostamos do vestido, do anel, do corte de cabelo... não é preciso dizer ao Shrek que está bonito, compreendem?
E quanto às qualidades da pessoa, idem. A pessoa é amiga dos animais? Tudo bem, óptimo! É altruísta, ajuda os outros... podemos ficar por aí. Não é preciso dizer que é boa em tudo o que faz, que tem um QI  acima da média. Cada um é o que é e isso é que tem valor.

Atribuir a alguém qualidades que não tem é menosprezar aquelas que realmente possui, compreendem? Como se não fossem suficientes! Como se, para além daquilo que é, devesse ser mais alguma coisa...

E isso está mal, caramba.



Inté*

Meu querido mês de Agosto

O mês de Agosto é, por tradição, o mês das férias. Grande parte das pessoas está neste momento a relaxar algures sob um Sol estupendo e ao som das marés. Mas isso significa também que o pessoal no serviço está reduzido e que aqueles que asseguram o bom funcionamento das instituições se vêem um pouco mais sobrecarregados do que o normal.

Trabalhar em Agosto é então difícil por dois motivos: porque vemos a malta toda a ir de férias e porque temos mais trabalho.

Assim, "Meu querido mês de Agosto" é o nome de código desta missão que é trabalhar com menos colegas, com muito mais doentes (a população aumenta bastante com os emigrantes que voltam a casa e com os turistas) e com muito mais calor. Objectivo: sobreviver mais duas semanas.

Mais duas semanas para eu poder envergar uma medalha de honra com a inscrição: eu sobrevivi ao querido mês de Agosto.



Inté*

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A Ponte dos Espiões




Durante a Guerra Fria, um advogado Americano é incumbido da defesa de um espião Soviético e posteriormente, auxilia a CIA nas negociações para a troca deste espião por um piloto Americano capturado após um acidente de avião.

Uma descrição muito breve (e aquém) deste grande filme onde, mais uma vez, Tom Hanks demonstra que é um dos melhores actores de sempre e, obviamente, Steven Spielberg nos brinda com uma produção extraordinária.

Adorei o filme!


Inté*

domingo, 14 de agosto de 2016

Porque hoje é Domingo...

...e é preciso encher o coração de coisas bonitas.










Inté*

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Fim-de-semana graaande!

Fim-de-semana prolongado e a Estudante está de Urgência no Sábado.

Olhando para o calendário, e tendo em conta que as escalas de urgência são rotativas e que portanto, é possível prever os dias de serviço de urgência até ao final do ano, estive e vou estar a trabalhar em praticamente todos os fins de semana prolongados ou fins-de-semana com possibilidade de ponte.

É assim a viola.


Inté*

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

O tema do momento

Não é difícil que, em situações de crise, a nossa tendência seja romantizar um pouco os acontecimentos. Porque é também em situações de catástrofe e de total caos que vemos como, apesar de todo o mal, as pessoas conseguem ter actos maravilhosos (quase inacreditáveis!) de altruísmo e solidariedade.

A calamidade dos incêndios que têm devastado o nosso país não é excepção. Em primeiro lugar, todos os Bombeiros são de uma dedicação sem medidas. Depois temos as populações que acarinham estes seus soldados da paz, com comida, com companhia, com trabalho no campo... e tantas outras histórias que haverá de bondade e que nós nunca viremos a conhecer. No fundo, no meio de toda a escuridão de que se reveste esta catástrofe, há ainda espaço para coisas bonitas.

Contudo, é importante que a situação seja encarada tal como é: uma calamidade, um crime. Antes de constituir uma situação de actos de união, força e coragem, é uma catástrofe. Não podemos perder o foco. Muitos dos fogos (eu julgo que praticamente todos...) têm mão criminosa e podem ser prevenidos com a instituição de certas medidas. Os fogos não são acontecimentos inevitáveis; não são aquele "acontecimento de Verão" já "normal", em que uns destroem e outros constroem. Não são momentos bonitos em que grupos de pessoas dão a vida pela floresta e pelos outros. Portanto, embora encaremos estes acontecimentos com uma certa comoção, temos de encará-los também com a determinação, a indignação (e raiva, talvez!) de quem se revolta contra a ausência de medidas preventivas concretas!

Sou de opinião que os incêndios são uma fonte de lucro bastante significativa. De que forma? Não sei exactamente. Quem lucra? Não faço a mínima ideia. Mas um cenário que se repete anos a fio, completamente expectável, sem que ninguém tome quaisquer providências é porque dá dinheiro a alguém, não há outra justificação para isto.

Fogos por causa do calor, do Sol... a sério? Se assim fosse, metade do Mundo estaria a arder! Olhem, como se diz cá no Norte, não me fo***!


Inté*

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

À minha Margarida

Sabes uma coisa?

Tu até podes achar que é por acaso que o teu nome começa no Mar, mas não é. 
Ou que todo ele é Natureza só porque sim.
Agora lembra-te de tudo o que conseguiste na tua vida e pensa bem em todas as coisas bonitas que conquistaste.

Não sei se foi o teu nome que te tornou naquilo que és ou se és tu quem faz jus ao teu nome... Mas não é por acaso que o teu nome começa no Mar.



Inté*

As normas

O aeroporto do Porto ou de Lisboa é um aeroporto como outro aeroporto qualquer - os aeroportos onde estive, mesmo lá fora, a bem dizer, são bastante semelhantes, tirando um ou outro aspecto. Cumprido o check-in e a passagem pela segurança, somos imediatamente lançados num espaço comercial, repleto de ofertas, promoções, oportunidades únicas (!). Existem, inclusivamente, aeroportos em que não é possível dirigirmo-nos para as portas de embarque sem passarmos primeiro pela superfície comercial. E isto parece-me errado.

Ora, foi numa dessas vezes em que eu aguardava um voo que pensei na mediocridade de tudo isto. Reparem como todo o nosso modo de vida gira em torno do consumo. Os aeroportos são verdadeiros centros comerciais. Seria a única alternativa?... Certamente não, mas é de certo, a mais lucrativa em termos económicos. Reparem como visitar um shopping durante o fim-de-semana é o programa de tantos nós; como damos um pulinho a uma loja para "passarmos o tempo". Analisando mais atentamente estes nossos hábitos, chega a parecer ridículo que vivamos assim... não acham? Vivemos para ter. 

Já imaginaram como as nossas vidas seriam diferentes se não vivêssemos num Mundo tão capitalista e consumista? Atenção que eu não estou a dizer que é um sistema errado ou certo; estou apenas a questionar-me. Para nós é "normal" vivermos assim porque nunca vivemos noutro sistema. Mas imaginem como seria viver numa sociedade educada para outro tipo de valores e ambições. Talvez deixássemos de querer aquele emprego para conseguirmos aquele carro e aquela casa; talvez não tivéssemos de ir viver para longe da nossa família; talvez isso nos poupasse muita ansiedade e stress. Talvez.

Parece-me de uma pequenez tremenda o facto de qualquer espaço vazio ter como primeira opção uma loja. E parece-me incorrecto que num aeroporto, voltando um pouco atrás, me obriguem a entrar num espaço comercial. Este tipo de iniciativa/sistemas (nem sei como lhes chamar) não será um atentado à nossa liberdade? Porque eu quero apanhar um voo, não quero ir às compras... então por que raio sou cuspida no meio de um corredor cheio de perfumes e chocolates e souvenirs? Não compreendo. E mais; acho que o facto de, de alguma forma, contribuirmos para a perpetuação deste modo de vida, nos diminui. Porque nós somos muito mais do que seres consumistas; temos tantas capacidades, tantos talentos... porque é que acabámos num sistema que fomenta sobretudo o interesse no dinheiro?!



Inté*

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Não é verdade...

Não é verdade que as pessoas se apaixonam pelas pessoas boas e inteligentes, pelas pessoas interessantes, pelas pessoas com sonhos, pelas pessoas alegres, pelas pessoas exemplares. 
As pessoas apaixonam-se... porque sim. Pensem: quantos dos vossos amigos, daqueles mesmo espectaculares, divertidos, impecáveis, são solteiros? Se o amor obedecesse a regras, as boas pessoas seriam as primeiras a encontrar o amor... e isso acontece assim com tanta frequência?
Por outro lado, o amor não acontece só às pessoas bonitas, magras e bem vestidas. Não acontece só aos modelos, aos príncipes e às princesas.

Ele vai acontecendo, aqui e ali, sem pré-aviso, quando lhe apetece.


Inté*

Alegrar a cozinha

Vou partilhar convosco alguns pequenos pormenores (não que eu seja uma grande cozinheira...) que, pelo menos a mim, me alegram um bocadinho o paladar:

- pôr tomilho no creme de legumes;
- usar cominhos em pó na sopa de feijão;
- comer os ovos cozidos com uma pitada de pimenta e mostarda;
- canela... em quase tudo! No leite, na aveia do pequeno-almoço, nos iogurtes...;
- pôr gengibre no chá.

E vocês? Têm algum truque para deixar a comida mais apetitosa? 


Inté*

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Esse conceito do "overthinking"...

Eu tenho uma cabeça hiperactiva. Eu não me considero hiperactiva, mas a minha cabeça é. Oh se é! Quase parece uma entidade separada de mim... E, para melhorar as coisas, é predominantemente nocturna. Quantas vezes eu me deito e tudo aqui em cima fervilha: revejo os doentes, os exames que pedi, penso no pessoal lá de casa, no que hei-de fazer para comer no dia seguinte, nas coisas que disse, que fiz... a minha cabeça dá comigo em maluca. Sabem aquela história de "calar a mente"? Sentarmo-nos durante cinco minutos e não pensar em nada? Mas afinal, o que é isso?! Porque eu não me lembro de alguma vez ter conseguido não pensar em nada. E quando me esforço para o fazer... ai Jesus, parece que se levanta um tornado cá dentro!

"Vá lá Estudante, não penses em nada". E imediatamente me assolam dúvidas de como é possível não pensar, de que eu não consigo fazer tal coisa e então, o suposto exercício de relaxamento, dá comigo em doida! Solto um palavrão (ou dois, assim na loucura)  e volto à minha rotina de neurónios hiperactivos e sinapses autónomas. Eu acho que esta cabeça dava luz se ligada a um dispositivo próprio. Não pelas ideias, mas antes pela sua incessante actividade.

Que caraças, como eu gostava de às vezes, conseguir desligar o andar de cima!



Inté*

...

Considero-me uma pessoa bastante pacífica.

Mas, ah, saudade! Eu matava-te já e alegava legítima defesa!


Inté*

domingo, 7 de agosto de 2016

Alguma coisa está mal...

Vivemos à base de comprimidos. Se queremos ter memória, tomamos comprimidos; se queremos ser magros, tomamos comprimidos; se não temos apetite, tomamos comprimidos; se estamos tristes, tomamos comprimidos...

Os comprimidos quase substituíram as pessoas. Já não temos direito a estar tristes; deixou de ser natural estar triste na sequência da perda de alguém. E então, mais um comprimido quando, na verdade, o que falta é uma companhia. Tanta gente sem ninguém que vive à base de antidepressivos quando, na verdade, o melhor antidepressivo era um abraço, um carinho. Subvalorizamos as pessoas; sobrevalorizamos os fármacos. Porque ir ao médico e não levar uma receita é inaceitável. Porque um ben-u-ron não chega; é preciso um nome mais sonante, uma coisa mais cara. Mas se o comprimido é caro, também não há dinheiro para o comprar... a menos que seja Calcitrin, esse vale a pena.

Vejam bem que até vendemos comprimidos pela televisão! Estamos a banalizar o uso da medicação e a torná-la a alternativa (indesejável, a meu ver) a estilos de vida saudáveis e a valores e princípios, como a solidariedade social. 

Douramos a pílula e tomamo-la também.


Inté* 

Confesso...


... eu e os Domingos nunca tivémos uma relação fácil.


Inté*

sábado, 6 de agosto de 2016

Vocabulário

Estive a ler alguns dos meus rascunhos aqui do blogue. Alguns são textos inacabados simplesmente porque, ao escrever, sinto que não estou a conseguir passar a minha mensagem. E assim, ali ficam os textos a meio, veículos insuficientes entre o pensamento e a boca. Não vale a pena verem a luz do dia se ficam aquém do objectivo. 

Pensando bem, não sei se teremos vocabulário suficiente para tudo aquilo que queremos expressar... provavelmente, dado o facto de ter sido o Homem a criar as suas palavras, não deve ter atingido o grau de complexidade suficiente. As palavras às vezes, parecem tão pequeninas, tão insignificantes quando comparadas com aquilo que sentimos, que vemos, que ouvimos... é tão frustrante!

E quando assim é, quando as palavras são claramente insuficientes, quanto mais não vale o silêncio! Será que são os nossos gestos que preenchem estas lacunas?...



Inté*

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Quando as coisas são bem feitas




Fotografia tirada pela mana de um banco de jardim em Edimburgo. Muitos deles têm estas plaquinhas de metal com dedicatórias. Esta era das mais bonitas.


Inté*

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Surpresas

Provavelmente, existirão poucas coisas capazes de nos preencherem tanto como uma viagem. Viajar, ouvir línguas diferentes, ver pessoas diferentes, descobrir novos hábitos, descobrir diferenças em pequenos pormenores... é tão refrescante e libertador!

É certo que hoje em dia, com o acesso que temos às tecnologias, que nos permitem visitar um lugar mesmo antes de o podermos fazer presencialmente, o factor surpresa acaba por ser sempre um pouco atenuado. 

Acho que, apesar de todas as vantagens deste nosso Mundo tão informatizado, uma das possíveis desvantagens é que quase nada nos é desconhecido: já ouvimos falar, já vimos na televisão, já vimos fotografias... claro que ver através de um ecrã de computador ou de uma televisão nunca é a mesma coisa do que fazê-lo presencialmente. Mas um dia, eu gostava de experimentar uma surpresa verdadeira, daquelas que provavelmente as pessoas tinham há um século atrás quando, por exemplo, deixavam o interior do país para visitar o litoral; quão extraordinário seria ver o mar pela primeira vez! Esta é uma sensação que nós, provavelmente nunca teremos, pelo menos não na magnitude em que os nossos antepassados a vivenciaram.

Invejo-os por isso... eu queria ter aquela sensação de surpresa que nos rouba um batimento cardíaco ou dois.



Inté*