Durante a campanha, até a rua mais recôndita merece a visita dos senhores candidatos. Aí vêm eles pela viela abaixo, acompanhados da sua lista que, na maioria das vezes, é constituída por pessoas que se voluntariaram para a foto do cartaz, mas que de política percebem tanto como eu. Um cortejo lindo de se ver! Só falta o andor para se tornar numa procissão, porque as promessas e os pregadores já lá estão.
Alguns também trazem bombos (e bobos...) e pulverizam de nuances circenses este grande fenómeno que é a campanha eleitoral. Com música ouve-se um pouco menos as possíveis mentiras que eventualmente possam escapar. De vez em quando, soam uns altifalantes com vozes sempre distantes, mas que por estes dias se forçam a uma maior proximidade com o povinho. E assim nos levam nas suas cantigas, tal qual uma noiva apaixonada se deixa enlaçar pelas ladainhas do seu mais que tudo. A conquista é esforçada, floreada quase etérea. Mas uma vez conquistada a donzela, que em termos políticos é o voto, acabam-se os bombos, as ruelas sem saída voltam a ostracizar-se e o vencedor espoja-se confortavelmente no sofá, com umas minis ao lado e por lá se deixa ficar.
Alguns também trazem bombos (e bobos...) e pulverizam de nuances circenses este grande fenómeno que é a campanha eleitoral. Com música ouve-se um pouco menos as possíveis mentiras que eventualmente possam escapar. De vez em quando, soam uns altifalantes com vozes sempre distantes, mas que por estes dias se forçam a uma maior proximidade com o povinho. E assim nos levam nas suas cantigas, tal qual uma noiva apaixonada se deixa enlaçar pelas ladainhas do seu mais que tudo. A conquista é esforçada, floreada quase etérea. Mas uma vez conquistada a donzela, que em termos políticos é o voto, acabam-se os bombos, as ruelas sem saída voltam a ostracizar-se e o vencedor espoja-se confortavelmente no sofá, com umas minis ao lado e por lá se deixa ficar.
Desvanecem-se as promessas de um futuro a dois, de trabalho partilhado, de entre-ajuda; ficam os mesmos de sempre e os bobos. Esses, infelizmente, são sempre os que permanecem.
Inté*