Os dias têm estado inesperadamente bonitos apesar do frio. Solinho e céu azul. Por mim, pode continuar assim até à Primavera (sim, eu sei que a chuva é precisa... mas quando me molho toda até ao queixo naqueles dias em que o guarda-chuva mais parece uma eólica, estou-me bem borrifando para esse tipo de questões ecológicas...).
Ora, acontece que ultimamente, sempre que estou com amigos, o tema amour vem à baila. Não sei se esta Primavera transitória não terá alguma coisa a ver com o fenómeno... A verdade é que, infelizmente, a maioria das pessoas aborda o assunto para expressar o seu desgosto por não ter uns pezinhos quentinhos para aquecer os seus agora que o Inverno promete umas noites mais frias. Não fazia ideia da magnitude deste cenário, para vos ser sincera. Porque será que deram todos em falar do assunto agora?...
Estudante, como boa pessoa que é, partilhou o seu ponto de vista com os presentes. Assim, o raciocínio foi mais ou menos este:
Durante os estágios, os meus doentes gostam muito de mim, logo vamos estender as estratégias que usamos com os nossos doentes para o restante público!
Desta forma, exemplifiquei a conversa que costumo ter com os pacientes nas enfermarias na esperança de poder fornecer algumas dicas para a conquista:
"Bom dia, Senhor X. Como se sente hoje? Bem-disposto? Dormiu bem? Já tomou o pequeno-almocinho? O seu filhote veio vê-lo ontem? Olhe, diga-me uma coisa, já fez cocó hoje?"
Não foi uma intervenção aplaudida pelos restantes, embora eu não perceba porquê. Se calhar tiramos a parte do pequeno-almoço, não?
Inté*