segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Estou à espera...

Quando é que sai aquele cartoon em que se apela à reconciliação e à paz?... É que estou à espera desse cartoon desde o dia do massacre ao Charlie Hebdo. Tive a ingénua esperança de que nós, ocidentais muito civilizados, evitássemos por uma vez responder nessa terrível moeda que é o rancor, que é o olho por olho, dente por dente. Não temos medo, tudo bem. Mas não ter medo implica mesmo perpetuar esta rixa em que "se eles não se calam, nós também não?". Porque se antes era a expressão da ironia e do humor (da arte, até), agora parece-me que a publicação constante deste género de cartoons, cuja matéria é a fé alheia, não passa de um gesto de vingança vazio e mesquinho.

Eu estava mesmo à espera que conseguíssemos mostrar que somos um pouquinho melhores. Que sabemos que todos os credos têm por base a ideia do bem e que não devemos julgar o todo pela parte. Mas não, continua a troca de galhardetes. Nós não matámos ninguém, mas entrámos no jogo.

Eu estava convencida de que nós iríamos dar uma bofetada de luva branca. Ah pah... estava à espera que alguém tivesse tido coragem para isso...



Inté*

domingo, 18 de janeiro de 2015

Sinto Muito

Terminei a semana passada a leitura o livro Sinto Muito de Nuno Lobo Antunes, onde o autor relata alguns dos casos que acompanhou enquanto neurologista e não só. Apesar da profundidade das histórias relatadas  e da comoção que inevitavelmente subjaz a algumas delas, nomeadamente, a doença oncológica em crianças, este não é um livro sombrio. Pelo contrário. É um livro onde se celebra a vida e o melhor do ser humano. É um livro que nos apresenta o médico como Homem e não como Deus. É, definitivamente, um livro que vale muito a pena ler.
 
 
 
 
 
"Sim, porque dentro de mim existia um oceano, e a parede do meu útero era um universo sem estrelas, noite perfeita, que as estrelas, às vezes, não deixam dormir. Doutor, ele cresceu dentro de mim. Não anuncie desgraças, privações, troças, desamores. O meu corpo é um casulo, dele só nascem borboletas"
 
 
 
Inté*
 
 

sábado, 17 de janeiro de 2015

Aventuras num mundo paralelo...

Ora bem, como é que eu vou contar isto sem parecer uma pervertida... acho que não tenho muitas hipóteses, por isso, vou recorrer à espontaneidade e seja o que Deus quiser.
 
Estudante, inscreveu-se no ginásio no início de Janeiro. Estudante nunca tinha frequentado um ginásio e portanto, é uma espécie de aselha que, associada à inexperiência perfeitamente compreensível, apresenta também um grave problema de coordenação.
 
"ESQUERDA!"
 
E é ver-me levantar a perna direita.
 
"CRUZA!"
 
E é ver-me bloqueada durante 10 minutos a tentar perceber o que cruza com o quê e quando finalmente apanho o ritmo, já o exercício acabou.
 
Na aula de Jump (onde utilizamos trampolins), a minha preocupação era não acabar por saltar no trampolim do vizinho e na aula de cycling, estava a ver a hora em que saía disparada contra a parede. Em suma, sou daquelas pessoas que dá gosto ver fazer exercício.
 
Os problemas de coordenação e afins sofrem um considerável agravamento quando o mocinho que nos dá a aula é bem apessoado. Não sei ao certo para onde olhar e também é possível que me distraia de vez em quando e depois nunca mais apanho o fio à meada, e cresce em mim uma sensação de ridículo e tudo descamba por aí abaixo... E eu só penso: f*da-se... (eu não digo asneiras, mas às vezes vêm-me à cabeça...)
 
Também fui sujeita a uma espécie de avaliação em que nos medem, pesam, calculam percentagem de gordura, etc e tal... É importante referir que sou uma pessoa acelerada e a minha frequência cardíaca anda sempre à volta dos 80 bpm. A tensão medida fora de casa também costuma subir bastante, apesar de o meu normal andar por volta dos 110/70. Ora, acontece que quem fez a minha avaliação foi o mocinho jeitosinho. E eu tinha acabo de sair das urgências, o cabelo sabe Deus como, "e se ele se lembra da aula em que eu estava quase a desfalecer?", e eu só pensava: f*da-se!!!
 
A tensão estava nos 140 e a frequência cardíaca acima de 100...
 
"Não pense que esta aceleração é por si, ok lindinho? Por natureza, o meu ritmo é bastante elevado."
 
Como é óbvio, só disse a última parte.
O rapazinho disse que me ia fazer um plano de exercícios... Oh Deus. Já me estou a imaginar nas máquinas a tentar fazer o que ele me diz e a partir-me a rir. Coitado. Deus o ajude... e a mim também.


 

PS: não volto a falar em ginásio... a menos que aconteça algo realmente hilariante. Aliás, irritam-me as pessoas que estão constantemente a falar do ginásio. Se forem muito ao ginásio, acho que se nota, não é preciso estarem a bater no ceguinho.
 
 
Inté*

Virgulinas

Admito.
 
Eu tenho um problema com as vírgulas. Não sei se é a ânsia de querer dizer tudo que me faz, de vez em quando, ignorar estas pequenitas.

Aliás, quase aposto que já aqui há algumas a mais ou a menos...
 
 
Inté*

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Curtas...

Só no meu hospital é que um senhor gago tem como apelido "Riscado"...
 
A piada está boa mas a mana não percebeu...
 
 
 
Inté*

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Segredo!...

Ontem fiz as minhas primeiras doze horas de urgência. Compreendo que para um médico "veterano" que tenha o incómodo de passar por aqui, este meu regozijo com umas meras doze horas de trabalho seja interpretado como o fruto de uma profunda ingenuidade. Mas espero que compreendam o meu entusiasmo. Quando saí do Hospital, já muito menos povoado e com algumas luzes apagadas, eu senti-me tão feliz! Também senti uma enorme urgência em tomar banho e "ver" saltar de mim todos os vírus e bicharocos que imaginei estarem a tentar colonizar-me...
 
Por esta altura, as síndromes gripais são as campeãs dos motivos de ida ao serviço de urgência. Ainda assim, as birras não foram muitas e geralmente resolveram-se bastante rápido com umas brincadeiras mais ou menos tolinhas. Só uma menina, com nome bíblico, se mostrava mais reticente às investidas de quem a acompanhava para a acalmar. Num laivo de sorte de principiante, e deparando-me com aquelas mãozinhas pequeninas e insistentes que não me deixavam pousar o estetoscópio nem por nada, lá me lembrei de segredar ao ouvido da rapariga... disse-lhe muito baixinho que íamos ouvir uma coisa. O que seria essa coisa tão especial? E ela lá se acalmou até ao final do exame.
 
Não subestimem o poder do segredar ao ouvido das meninas. Esta é para vocês, meus senhores... e não têm de quê.
 
 
 
Inté*

domingo, 11 de janeiro de 2015

Presunção e água benta...

Ontem encontrei no hospital um enfermeiro que, há uns anos atrás, trabalhou com a Manhê. Diz ele que não é muito bom com caras e que não leve a mal caso ele passe por mim e não me cumprimente. A menos que eu esteja a sorrir:
 
- "Se estiver a sorrir, eu reconheço-a!"
 
Falta-me um canino, sabem? É por isso que o meu sorriso é tão característico... ;)
 
 
 
Inté*
 

sábado, 10 de janeiro de 2015

Somos todos Charlie?...

Um texto de João Quadros que diz tudo:

"Confesso-me um pouco admirado com a quantidade de Charlies que há neste país e que eu desconhecia. Na sequência do miserável ataque contra a sede do jornal satírico Charlie Hebdo, foram vários os jornais e jornalistas que apareceram a empunhar cartazes com a frase - Nós Somos Charlie Hebdo. Subitamente, só faltou ver o Jornal da Madeira ser também Charlie.

Não me levem a mal, ou levem, mas vou ser Charlie: por favor, jornalistas portugueses a dizer que são o Charlie quando nem coisos (tomates) têm para não fazer favores ao Governo etc., tenham dó. Não, não são todos Charlie. Pelo contrário, há meia dúzia que são e ainda bem que há. Agora não se façam passar por eles. Hoje somos todos Charlie Hebdo, mas amanhã voltamos ao que éramos. Aos jornais, televisões, etc., que aparecem a dizer-se Charlie, pergunto: quantas semanas durava o Charlie Hebdo em Portugal antes de ser cancelado por causa de chatices com a Igreja, Angola ou o Governo? Força, Charlie. Quantos jornais portugueses teriam coragem ou vontade de publicar os "cartoons" do Charlie? Espero que estes jornais que se dizem Charlie, durante a semana toda publiquem os "cartoons" na capa.

Ligo a televisão e vejo a Assembleia da República que não deixou falar os "capitães de Abril" e que está tão chocada com esta falta de respeito pelo direito de expressão. Julgava que, para a presidente da Assembleia da República, "os carrascos" eram os que faziam barulho nas bancadas para o povo. O mesmo Telmo que está na Assembleia da República chocado, estaria a pedir para acabar com aquele "cartoon" que ofende católicos. Já assisti a isso e não foi assim há tanto tempo. "Embora fazer um referendo sobre co-adopção de casais homo" - porque respeitamos muito a liberdade dos outros. Uma Europa que vive um discurso de honestos do Norte contra preguiçosos do Sul está de boca aberta com extremistas. Somos todos Charlie. É só grandes defensores da liberdade de expressão e dos direitos individuais e das conquistas da democracia, no mesmo local onde se apoia que a Merkel possa fazer chantagem eleitoral sobre os gregos.

Vivemos num país em que o Presidente da República, como representante de todos os portugueses, não vai ao enterro de um escritor (Nobel) porque não gosta dele, ou que não dá os parabéns a outro que canta fado porque não canta o que ele gosta, e que deve estar a deitar cá para fora um comunicado sobre a importância de aceitar a liberdade de expressão e a diferença.

Não, não somos todos Charlie. Eu, felizmente, nem sei desenhar."


Somos Charlie, somos... granda treta.



Inté*
 

Ah pah... todos os anos a mesma história. Irra!

O armário do pecado é já aqui ao lado...

Dezenas de tabletes de chocolate e caixas de bombons à espera de entrarem nos nossos organismos. Sugeri à Manhê que os oferecêssemos. Implorei-lhe até... mas em vão. Diz ela que não é correcto contribuirmos para o excesso de peso de outras pessoas. Que se temos de carregar esta cruz, temos de fazê-lo sozinhos.

É mentira.
Ninguém se quer livrar se chocolate suíço, não é? E além disso, são precisas provisões para a mana... para a mana...



Inté*

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Pois...

Apercebi-me de que não dou tempo suficiente para que as portas automáticas abram...
 
 
 
Inté*

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Novidades, novidades...

Ora bem, parece que me estreei com os mais pequeninos, em Pediatria. Achei quase uma alegoria, esta bonita coincidência de começar a minha carreira com quem também está agora a crescer. Esta primeira semana é um pouquinho estranha, uma vez que temos algumas formações a que temos de assistir... por isso ainda não pude dedicar muito tempo à Pediatria propriamente dita.

Tem-me acontecido por diversas vezes tratarem-me por "Doutora" e eu não responder... não é que não queira, mas não estou acostumada que me chamem assim e por isso, não é raro eu só responder à terceira, quando dou conta de que ninguém acudiu ao pedido.
Não gosto especialmente que se dirijam a mim dessa forma, mas percebo que as pessoas o façam...é um hábito, vale o que vale. Só que, quando eu ouço um "Doutora Estudante"!, parece que me vestiram uma camisola demasiado grande para mim...
 
Adiante. Todos estes acontecimentos novos e estes dias fora do vulgar devem estar a provocar em mim uma série de alterações que me deixam mais desnorteada do que o habitual. Apercebi-me disso quando hoje fui fazer um pagamento e não me lembrei do pin do cartão... tentei duas vezes e acabei por dizer à senhora que voltava amanhã. Por sorte, o ar frio arejou-me as ideias e depois de uns cinco metros, voltei para trás para tentar colmatar esta minha falta de sanidade... acho que em vão.
 
 
 
Inté*
 
 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Hoje é dia de...

... primeiro dia de trabalho! É certo que ainda não vai ser um dia de trabalho convencional, porque temos de tratar das papeladas. Mas é o meu primeiro emprego! E vou ter colegas novos e vou aprender imensas coisas e pôr em prática todas as outras que aprendi.

Espero que corra tudo bem. Eu costumo dizer que sou mestrada em Medicina... médica só depois de muita prática. Daqui a um ano, vá... daqui a um ano talvez possam dizer que sou médica.

Antes de fazer o meu exame em Novembro, a Manhê enviou-me o seguinte texto (do qual eu desconheço o autor):

"Desejo que hoje experimentes a paz dentro de ti, que confies que estás exactamente onde deves estar, que não te esqueças das infinitas possibilidades que nascem da confiança em ti mesma e nos outros, que utilizes os dons que recebeste e que transmitas aos outros o amor que recebeste. Espero que estejas feliz contigo mesma por seres quem tu és."


Eu acredito estar onde deveria estar. Espero não me desviar do caminho.



Inté*

domingo, 4 de janeiro de 2015

Taras e manias

As manias são como aquele parente afastado que toda a gente tem, não se sabe bem porquê nem de onde vem e que, das duas uma, ou até consegue ter alguma piada ou irrita profundamente quem, coitadinho, tem de conviver com ele.
Eu tenho algumas manias... bem parvas até.
 
Ora então, vejamos:
 
- só gosto de estacionar para à esquerda (talvez seja nabice...)
- não gosto de estacionar em espinha. Ou bem que se fazem as coisas direitas ou bem que não se fazem (é... talvez seja nabice)
- gosto de ler a última página dos livros antes de começar a ler a primeira (auto spoiler)
- gosto de comer uma peça de fruta antes de ir para a cama (vá digam lá aquela história de que a laranja à noite nos mata...)
- detesto, mas assim com uma espécie de ódio visceral, ir dormir... sempre detestei!
- deito-me com pressa de acordar
- não consigo sublinhar nem rabiscar livros originais
- gosto mais de números pares (mas os meus números preferidos são o 7 e o 3!)
- sou do género "ou sim, ou sopas"
 
 
E ficamos por aqui. Eu não me entendo. Aconselho a que ninguém o experimente...
 
 
Inté*

sábado, 3 de janeiro de 2015

Cavalo de Guerra

E eis que terminei hoje o último livro destas férias. Tão bom ficar sentadinha à lareira a ler! Espero poder disfrutar deste pequeno grande prazer durante mais algum tempo, pelo menos enquanto o Inverno nos brindar com dias frios e pequeninos.
 
Cavalo de Guerra, adaptado ao cinema por Steven Spielberg em 2011, conta-nos a história de um cavalo que se vê separado do seu dono e grande amigo durante a I Grande Guerra. Apesar de não ser um conto muito elaborado é, ainda assim, uma viagem emocionada e doce pelos meandros da Primeira Guerra Mundial, retratando não só a dor humana, como também a vida e o sofrimento dos animais que naquela altura, eram utilizados em batalha.
 
 
 
Durante todo o livro, a nossa expectativa é a reunião de Joey, o cavalo, com o seu dono, mas sem o cliché que muitas vezes encontramos nos desencontros - aquele retrato ansioso, em que nada faz sentido até ao momento do encontro, em que não é possível a alegria ou o amor até à união que se espera. É na verdade, um relato bastante sereno e convincente daquilo que acabam por ser os desencontros na vida real.
 
Outro aspecto que me pareceu realmente interessante, foi o facto de ser o próprio cavalo quem narra toda a história.
 
Vou ter de rever o filme. Alguém já viu?
 
 
 
 
Inté*
 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

...

O nosso amiguinho Tobias foi eutanasiado hoje à tarde no veterinário. Foi uma decisão difícil porque não se calava em mim uma voz dilacerante que me dizia para não desistir dele. Nós não desistimos de ti meu pequenino. Já nem eras tu ali naquele corpo apático, tão consumido pela doença, tão frágil... Já não nos respondias nem refilavas quando te dávamos os medicamentos contra a tua vontade...
 
Ainda me lembro do dia em que apareceste aqui. Tu é que nos escolheste e agora somos nós que te mandamos embora, como se alguma vez tivéssemos esse direito de dar ou tirar a vida a alguém. Mas nós queríamos-te aqui connosco!
 
Meu pequenino, tenho saudades tuas. Espero que, onde quer que estejas, tenhas uma caminha muito quentinha, ratinhos para caçar e muitas latinhas de carne.
 
Hoje é um dia muito triste... há quem não perceba, não é? Algumas pessoas acham que o nosso amor é algo tão limitado que só pertence aos da nossa espécie e, na verdade, nem os da nossa espécie chegam a amar. Eles não sabiam das nossas brincadeiras nem de como era dormirmos eu tu e a mana no mesmo quarto, pois não?
 
Uma festinha, meu pequenino :')

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Tobias

O nosso Tobias está muito doente. Eu acredito que se houver um Céu em qualquer lado, os nossos bichinhos também têm direito a ficar lá connosco. Então, por esta ordem de ideias também podemos rezar por eles, não é?
 
Se não rezarem, pensem só um bocadinho nele, assim com desejos muito vincados de que ele fique bem outra vez... pode ser?
 
Obrigada!



Inté*

Meu pequenino!...

Eu vou pegar-te pela mão, como a um menino pequenino, e vou levar-te comigo a sítios bonitos. Lá vais tu, com os  teus olhinhos brilhantes, cheios de estrelas, cheios de esperança. Na verdade, não sei quem guia quem; talvez sigamos assim os dois, numa simbiose consentida de quem sabe que não vive um sem o outro. Eu prometo dar-te o melhor de mim e fazer-te crescer, fazer-te bonito. Eu prometo estar atenta aos teus sorrisos e aos teus chamamentos e daqui a um ano, vou olhar para ti cheia de orgulho por tudo aquilo em que te tornaste. 

Anda daí minha sementinha, que eu fico muito feliz por te ter assim, pequenino no meu colo, um livro em branco pronto a ser escrito!

Vem daí meu aninho pequenino, vamos os dois fazer de 2015 um ano muito feliz :)


 
 
Inté*


PS: E, sem querer, dei-me conta de que o texto de Novo Ano deste ano foi muito semelhante ao que escrevi há um ano atrás...
 
Pelo menos, não podem dizer que eu não sou coerente.