Sempre tive vizinhos barulhentos, daqueles que só não nos acordam às tantas se acordarmos antes deles. Quando estive em Lisboa, morei num primeiro andar. A vizinha de cima, uma senhora na casa dos 90, arrastava os pés e usava uma bengala, o que resultava num som do género "rsst rsst toc, rsst rsst toc" que apaziguava durante o dia MAS rejuvenescia durante a noite. Como se não bastasse, o vizinho do lado, um verdadeiro "espalha-borralho" até os espirros fazia questão que nós ouvíssemos.
Agora, vivo ao pé de um outro espalha-borralho. Fala alto que só ele e acorda bem cedinho, não vá alguém acordar antes e ganhar-lhe o record de decibéis matinais. Já prometi a mim mesma que um dia destes, pego numa panela e numa colher de pau e vou-lhe lá desejar um bom dia, assim à maneira.
Inté*