segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Janelinhas Anatómicas

Está tudo muito bem feito, é verdade. Estudar Anatomia, Fisiologia e todas as palavras terminadas em "ia" que nos ajudam a perceber como funciona o corpo humano, pode ser cansativo mas é, acima de tudo, um privilégio. Eu sou uma admiradora incondicional do funcionamento do nosso corpo e olho-o  com a mesma admiração e deslumbre com que olho para O Beijo, de Gustav Klimt.  

Só acho que (e perdoem-me a ousadia) ali, entre a quarta e quinta costelas da esquerda, poderia existir uma janelinha, de fácil acesso, na eventualidade de qualquer necessidade. Para que, quando alguém chegasse cabisbaixo, nós pudéssemos abrir essa janelinha, escolher um pouco de alegria, segurá-la nas palmas das mãos e soprá-la sobre quem está mais triste. Ou então, deixar outros espreitar cá para dentro, para perceberem como nós os guardamos num sítio tão bonito do nosso coração; para lhes mostrarmos como os vemos, para lhes fazermos ver com os nossos olhos. Há pessoas tão bonitas! Quem me dera que elas se conseguissem ver como eu as vejo!


Na falta de palavras, podíamos ter essa janelinha...


Inté* 

Notificação aos mais distraídos

Temos exactamente dois meses para cumprirmos todas aquelas boas resoluções de Ano Novo que nos propusemos em Dezembro de 2015 (e quiçá algumas de 2014, 2013...).

Portanto, dois meses para perdermos peso, deixarmos de fumar, praticarmos mais exercício, estudarmos mais, sermos mais pacientes... antevêem-se dois meses altamente produtivos.

Força nisso!



Inté*


sábado, 29 de outubro de 2016

Quem é amiga, quem é?

Um conselho, meus estimados leitores:


Quando o Mundo lá fora se vos apresentar demasiado egoísta, frio e mau, venham à Internet. Aqui, toda a gente é boa, extraordinária, regida pelos princípios mais nobres da moral e dos bons costumes. Oh!, como seria bom que as pessoas que habitam o Mundo virtual também pudessem ter papel activo no Mundo real!


Ah, espera...



Inté*

Simbioses improváveis... mas que deveriam existir

Dias de Sol com o som da chuva a cair;
Casacos que tivessem o abraço da Mãe;
Perfumes com cheiro a Mar;
Ambientadores com aroma de bolos de chocolate acabados de cozer;
Buzinas que soassem como os passarinhos.


Inté*

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Isto anda a ficar redundante...

Quando era pequena, Manhê comprava cassetes VHS com os filmes da Disney. Eu fui criada assim, nesse mundo de contos de fadas e com uma Mãe que conseguia verdadeiras magias, como fazer a dor ir embora apenas com um beijinho. Não tinha, portanto, motivos para desconfiar da veracidade das fadas madrinhas e de outros que tais.

Por mais que assistisse a esses filmes, vezes e vezes sem conta, acreditava sempre que as partes más iam ser diferentes (por exemplo, que o Mufasa não cairia no desfiladeiro ou que o pai do Bambi afinal, não tivesse sido morto). Agora, pensando nisso, sorrio perante tamanha ingenuidade. Eu tenho saudades desse tempo. Sinceramente. Quando somos pequenos, tudo é possível. E a capacidade que temos para vermos oportunidades em tudo é extraordinária! Qualquer sala de espera, qualquer consultório, qualquer restaurante, por mais exíguo que seja, por mais despojado que seja de materiais e utensílios, rapidamente se transforma numa selva cheia de índios, num deserto com cavalos e cowboys. Não há nada que desmobilize e desmotive os bandos de pardais da brincadeira, das histórias, das aventuras. E mais: quando somos pequenos, todos são potenciais amigos (facto que, na idade adulta, é completamente tido do avesso).

Verdadeiramente, eu admiro os mais pequenos. São realmente seres especiais, com uma mente tão diferente, tão... mágica! Por isso, às vezes, lamento ter crescido. Lamento fazer parte deste grupo dos adultos que, não raramente, são um resquício apagado da criança que foram. Ficamos chatos, sem cor, medrosos... bah. Uma seca. Eu lembro-me de ser Estudantinha. Eu não sinto que, de repente, parte de mim se tenha perdido pelo caminho do meu crescimento. Há um laço entre o que eu fui e o que sou. Logo, ela tem que estar aqui algures, essa luzinha que é só o melhor eu que eu já fui.



Inté*

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Aceitam-se apostas!

Que som é aquele que se ouve quando desligamos o Skype?



Inté*

[EDIT a 27/10]: eu acho que é um bocejo e fico ofendida. Porque me parece daqueles bocejos que soltamos quando estamos aborrecidos de morte. Como se a conversa tivesse sido o expoente máximo do tédio, apenas tolerada por cortesia... bem, seja lá o que for, o que é que isto interessa para o Mundo, não é verdade?

domingo, 23 de outubro de 2016

Remendos

Cá em casa há uma caixa de costura porque é preciso remendar as coisas. Cosem-se buraquinhos, pregam-se botões, recose-se o que, por algum motivo, se descoseu. Há sempre aquela tentativa de substituir o "velho" e o "gasto" por outras peças novinhas em folha, sem retoques, sem cicatrizes. Mas o remendado não deixa de ter um certo encanto, não acham? Há qualquer coisa ali que nos remete para o passar do tempo, para uma história... que nos recorda a resiliência perante as adversidades que vão deixando pequenos buracos e imperfeições.
Ao fim e ao cabo, até nós sofremos alguns remendos ao longo da vida - mal de nós se assim não fosse! Vivermos até à morte tal como viemos a este Mundo, imutáveis, sem uma correcção, sem uma mudança de rumo. Quando as pessoas batem à porta dos nossos dias, trazem com elas todos os seus remendos: memórias, cicatrizes, traços que são só delas. E são mais bonitas, por dentro e por fora, se forem assim, com histórias por contar. Tão bom quando juntamos remendos!...



Inté*

PS: vocês são mesmo boas pessoas... o meu post anterior não deixa de estar revestido por alguma ironia e exagero, inerentes a qualquer caricatura. O episódio que vos descrevi, foi um episódio caricato e que nos valeu valentes gargalhadas, mas vocês focaram essencialmente, o lado sério da coisa. A "revolta" que mencionei não é por acaso que está em itálico; não nos podemos revoltar sempre quando as coisas correm mal, se seguem o esperado e expectável. Por vezes, a expectativa desmedida e a esperança irreal são mais prejudiciais do que benéficas. Já aprendi a não me revoltar tantas vezes e a aceitar em Paz o rumo de muitas coisas.

A impulsividade é uma coisa muito bonita...

Durante a nossa formação enquanto Internos, para além do trabalho hospitalar propriamente dito, é necessário fazer outro tipo de trabalhos, nomeadamente, escrever artigos, fazer posters, fazer apresentações orais... e por aí fora. No nosso hospital, as apresentações de casos clínicos são feitas, geralmente, às 6ª-feiras de manhã. 

Tenho um colega que tem apresentado casos muito complexos e, infelizmente, os casos com que nos tem brindado são de doentes com patologias graves, que acabaram por falecer. Ora, na passada 6ª-feira, o meu colega fez uma nova apresentação. Fiz figas para que desta vez, tudo acabasse bem. Estava esperançosa de que, apesar do mau prognóstico que se adivinhava à medida que ele expunha o desenrolar da história, o doente ainda estivesse vivo. Mal (a menos que tivesse havido um milagre!), mas vivo. Infelizmente, esta minha esperança não se concretizou. No momento em que o colega nos diz que "o doente acabou por falecer", tudo em mim foi desilusão e revolta (Grrr! Outra vez?!) e, no silêncio da sala onde se encontrava a maior parte do staff médico do Serviço, Estudante bate com o punho cerrado na cadeira e exclama: FOGO!

Um "fogo" que exprimiu toda a minha frustração e desilusão por ver que, mais uma vez, a história tinha acabado mal. Foi uma gargalhada geral, como seria de esperar. Mas que hei-de eu fazer, foi mais forte que eu... saiu-me!

Na tentativa vã de explicar o ultraje que senti, argumentei: as Histórias não acabam assim! Nas Histórias de verdade, as pessoas não morrem...



Inté* 


Uma adenda: os casos são apresentados de forma anónima, isto é, a plateia não tem conhecimento da identidade do doente. Neste tipo de exposições orais, os casos clínicos servem apenas como uma introdução para uma revisão teórica posterior ;)

sábado, 22 de outubro de 2016

Race: 10 segundos de Liberdade

E por falar em filmes, este que refiro no título, relata a história de Jesse Owens, com enfoque na sua participação nos Jogos Olímpicos de 1936 em Berlim, Jogos esses que a Alemanha Nazi viu como uma oportunidade de propaganda à alegada superioridade da raça Ariana. É um filme que nos toca pelo testemunho de força, perseverança e fair play. Fiquei a admirar Jesse Owens (impossível não admirar este senhor!) mas na minha opinião, a maior bofetada de luva branca foi da responsabilidade de Lutz Long, atleta alemão que, para grande desagrado dos Nazis, estabeleceu uma forte amizade com o seu adversário americano.
Um filme que vale muito a pena!







Inté*

Bons tempos




O difícil era escolher!...


Inté*

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Ideias

Aqui há uns dias, o meu tutor dizia que "as Religiões dividem as pessoas".
Não é uma ideia que eu nunca tenha ouvido, mas é uma afirmação com a qual discordo completamente. As Religiões, no seu âmago, apelam à Paz e à união entre as pessoas. Aquilo que as pessoas fazem com a sua religião, e a forma como a usam para justificar os seus actos, é outra conversa. Quem quiser optar pelo mal, encontra sempre pretextos, mais ou menos estúpidos, para segregar as pessoas: a cor da pele, a língua, o ordenado, a carreira...

Imaginemos as religiões como um amontoado de pedras. Uns, utilizam-nas como armas de arremesso; outros, constroem muros e há quem construa pontes. Onde está o factor de variabilidade? Nas pedras?...




Inté*

Ter o peso de um tamboril

No Verão passado, a Manhê e o Beau-père estiveram cá em casa a passar uns dias. Manhê gosta muito de cozinhar, vocês já sabem, e gosta de cozinhar com bons ingredientes, pelo que o peixinho confeccionado cá em casa, foi sempre peixinho fresco comprado ao peixeiro (de seu nome Adão), que tem o negócio mesmo junto do local onde descarregam os pescadores.
Era costume eu ir também com ela, pois claro. Numa dessas nossas idas ao peixe, comprámos tamboril. Disse-nos o Sr. Adão:

- Era um tamboril enorme! Olhe, devia ter o peso da menina... - (a apontar para mim).

"Ena pá, - pensei cá para comigo- era cá um mostrengo!"

- ... tinha p'raí uns 48Kg - concluiu.

Ri-me muito. Para dentro, claro. Deixem lá o senhor peixeiro acreditar que peso 48Kg! Ainda bem que o senhor usa balança, porque se vendesse a olho, digo-vos uma coisa, ficava na miséria.

Quarenta e oito kilos. 'Tá bem, 'tá...



Inté*

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Sem luz...

Não, não. Isto não é um post melodramático acerca da falta de luz na vida como uma analogia estupenda entre a luz e tudo aquilo que pode dar um verdadeiro sentido à nossa existência. 
É mesmo um post sobre o meu disjuntor. Ontem, pelas 17h00 fiquei sem luz. Puf!, aí vai ela. Portátil sem bateria, telemóvel a pedir carga... um cenário idílico. Eu, sempre muito paciente, esperei que ela voltasse. Mas ela não voltava. Esperei 20 minutos, nada; esperei 30 minutos, nada. Até que às 17h45, resolvi ir bater à porta da vizinha e perguntar se seria uma falha geral. Ora, a vizinha abre a porta e todo um clarão de luz se reflecte na minha pessoa - a vizinha tinha electricidade. Ainda assim, estupidamente, perguntei-lhe se tinha luz, ao que ela me respondeu que sim (pois claro... ).

Mas eu não tinha. Então, fui bater à porta do segundo vizinho que, segundo a primeira vizinha, se desenrasca bem com essas coisas de electricidade. Lá fui eu, de pantufas, bater à porta do segundo vizinho que, depois de uma luta renhida para não deixar o gato fugir, veio espreitar o quadro eléctrico. E voilá!, o meu disjuntor era a fonte de todo o problema: tem mau contacto e, aparentemente, disparou assim, sem mais nem menos. Então, o segundo vizinho, decide que é melhor chamar o filho, porque "ele é que percebe destas coisas". E lá vem ele (já lá vão três vizinhos). "Ah e tal, tem de se trocar a peça o mais rapidamente possível porque isto pode aquecer" (e eu a pensar: mau! Não me conheces de lado nenhum e achas que por estares no meu hall de entrada já tens direito a esse tipo de insinuações?), " e pode haver um in-cên-dio". ROOOOAAR! (som de trovões). O pânico!

Portanto, naquele momento:
- estou sem luz;
- já mobilizei três vizinhos;
- vi um gato que, a julgar pela velocidade a que queria fugir de casa, encarna o Diabo (o que, neste caso específico, é bastante indesejável, dado o potencial risco de incêndio);
- existe uma probabilidade não negligenciável de isto se tornar um fogaréu.

Reparem como eu, uma única pessoa, consegue mobilizar tantas outras! E agora, tenho luz porque o terceiro vizinho, filho do segundo vizinho, recomendado pela primeira vizinha deu à luz (impossível não meter uma piada amarela obstétrica sempre que se fala de luz...), e estou aqui à espera do electricista porque não me apetecia ter de mobilizar os bombeiros também...



Inté*

É o progresso!...

Por razões logísticas da construção civil, cortaram quase todas as árvores da minha rua, que agora parece um corpo nu, anémico e desventrado,  com todos aqueles canos e buracos no chão. É o progresso, certamente. Melhorar as infraestruturas para que estejamos mais confortáveis em casa porque, com este triste cenário, quase não vale a pena sair à rua.

Quanto a mim, gosto do verde (clubismos à parte), e das sombras no Verão. Cá por casa, há quatro plantinhas que são alvo de todo o meu cuidado. Regar, trocar os vasos, aparar, pontas secas, procurar dar-lhes luz suficiente (lá vão elas ao colo, ora para a sala, ora para a cozinha), são tudo tarefas levadas a cabo com muito carinho.
Uma delas é uma orquídea e é o meu orgulho. Tão delicada, melindrosa até. É assim, uma espécie de filho mais fraco da ninhada. Acho que tem sido feliz porque, de tempos a tempos, presenteia-me com novos rebentos que eu espreito todos os dias na ânsia de os ver crescer.

Pessoalmente, dar-me conta de como o cuidado que lhes dedico as faz crescerem tão bonitas, é muito gratificante. Acredito que deva ser mais ou menos a sensação que experimentam os pais ao testemunharem o crescimento feliz dos seus pequenos embora, claro está, numa escala imensamente maior!...

No fundo, ter filhos é plantar pequenas florinhas, não é? A história da sementinha não era completamente descabida...


Inté*

E eu que gosto tanto de flores e plantas e como vegetais, já viram? Que vira casacas...


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Culinária

Ontem, tinha a panela da sopa à minha espera. Hoje, tenho uns tomates pelados na bancada da cozinha.

Enlatados, está bem? Nada de divagar! 



Inté*
É bem sabido que a maioria das pessoas que recorre a uma Urgência Geral (às Urgências normais, portanto) pertence à faixa etária dos 60 anos para cima. Há dias, inclusivamente, em que a pessoa mais nova que vejo, tem acima de 80 anos. E, bem vistas as coisas, ainda bem! A doença nunca é uma coisa "normal" mas, a doença nas pessoas mais jovens é mais anti-natura do que nas mais velhas (não sei se me estou a fazer entender).

O nosso Serviço de Urgência tem um corredor que dá acesso à Urgência Pediátrica. De vez em quando, por entre as macas, os doentes grandes, os enfermeiros e os médicos que se encontram no corredor principal da Urgência Geral, lá se avista uma pessoa mais pequenina (tão grande na sua alegria e futuro!), a caminho da saída. Eu acho que mal te vêem, sabes, meu pequenino? Os grandes andam ali a correr de um lado para o outro, a levar remédios, a trazer remédios, a ouvir pulmões, a ouvir corações... desculpa-nos lá esta azáfama. É quase criminoso não parar um segundo para atentar na cauda de cor que deixas atrás de ti quando passas por nós; a Urgência até fica mais bonita! Mas só quando já estás de saída!

Na minha última Urgência, lá ao fundo no corredor, vinha um menino de mãos dadas com o pai. Vinha contente (o Sr. Doutor e o papá fizeram um bom trabalho!). Foi uma alegria ver-te ali...  




Inté*

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Tarefas...

Está ali na minha cozinha, uma panela de sopa a pedir insistentemente para ser feita e não há ninguém, ninguém!, que se compadeça da pobrezinha. Vou ter de ser eu, não é? Vou ter de ser eu a acudir a coitada...

... e ao cesto da roupa para passar...

... e à limpeza de amanhã...

... e, basicamente, cá em casa, estas coisas só chamam por mim. Podiam chamar pelos vizinhos, não era? Ou pela minha segunda personalidade e dividíamos isto a meio.



Inté*

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Estes dias de Sol intenso!

Começou a chover há uma semana. Há uma semana que ninguém por estas bandas tem dúvidas de que o Outono veio de malas bem aviadas. A avaliar pela minha experiência nos magros 10 meses em que resido nesta cidade, lá para Junho talvez, pare de chover.

Eu e a chuva podíamos ter uma relação pacífica se ela só viesse de noite, quando estou quentinha na minha cama. É tão bom adormecer com a chuva a cantar lá fora, não é? Mas quando saímos as duas ao mesmo tempo... a coisa não resulta. O cabelo não resulta, a roupa encharcada não resulta, o chapéu a pingar tudo também não resulta. Enfim. De qualquer maneira, não posso ser a única a estabelecer condições e a chuva já aqui está há muito mais tempo do que eu!

Vamos convivendo cordialmente, não é assim? Há pessoas que são mais chuva, outras que são mais Sol... vamo-nos molhando e secando uns aos outros, e mantém-se isto mais ou menos equilibrado.



Inté*


domingo, 16 de outubro de 2016

Pequenos grandes dramas

Deve haver poucas coisas tão aflitivas como não conseguir fechar um chapéu-de-chuva num espaço público...



Inté*

sábado, 15 de outubro de 2016

Queria pedir-vos desculpa, estimados leitores!

Queria pedir desculpa aos meus estimados leitores por não terminar as minhas respostas aos vossos comentários com um gesto mais carinhoso e íntimo como "um beijinho" ou "beijinhos!", ou outro semelhante. Desculpem-me esta falta de sensibilidade e amabilidade, mas nunca fui muito adepta da distribuição pouco criteriosa de beijos e gestos de carinho. Sempre fui meia esquiva a esse tipo de gestos (mas conheço quem seja mais, não é, querida Mana?). Há quem apelide a atitude de muitas coisas, como por exemplo, bicho do mato; eu não chegaria a tanto, mas admito que possa ser um bocadinho Mogli, vá.

E se eu nem beijo o Menino na Missa de Natal, havia de andar por aí a distribuir beijos pela blogosfera, não? Ósculos espalhados por essa internet fora, sem eu saber onde vão cair? Humm... não me parece. De vez em quando lá vai um ou dois, mas só em situações muito particulares. Então beijinhos associados a determinadas características que eu não vou mencionar, mas que, na tentativa de demonstrarem sensualidade, me recordam, em vez disso, uma velha a babar-se, nunca ninguém me viu dar! Nojo, nojo, nojo...

Eu gosto de vocês na mesma, está bem?



Inté*

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Preciso da vossa ajuda...

Com certeza já nos aconteceu a todos, mediante uma reclamação acerca de uma coisa qualquer, ouvirmos um: "há pior!". E pronto, levamos com esta resposta como se, de alguma maneira, quisessem legitimar a falta de qualidade apontada com o facto de existir uma situação ainda mais degradante. Parece que o facto de haver pior, melhora aquilo que é mau. Ora, isso não é verdade; o que é mau é mau, independentemente de haver algo, com muita pena minha, que consiga ganhar em negatividade.

Eu acho extraordinário este argumento do "há pior" porque quem o utiliza, raramente tem realmente a certeza de que haja pior. E além disso, nós queremos estar mais próximos dos melhores ou dos piores? É que um mau que diz que ainda há pior, parece estar a esforçar-se arduamente para alcançar esse título... assim numa espécie de luta diária para ser (e desculpem-me a expressão) a merda no pedestal.

Mas que raio de ideia é esta? Alguém me explica?



Inté*

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Boa pergunta...

Num livro que li, o autor colocava a seguinte questão: "Prefere ser feliz ou ter razão?". E agora pensam vocês: "Estudante, que raio de livros andas tu a ler? Vai mas é estudar Anatomia e deixa-te de filosofias". Eu prometo que vou, só um minutinho.

Queria o autor questionar-nos acerca da pertinência e utilidade de discussões e argumentações exaustivas em que tentamos por tudo o que existe, demonstrar que temos razão; em que tentamos fazer com que o outro aceite o nosso ponto de vista como o correcto. E pensando bem, será que a maioria destas discussões valerá a pena, mesmo quando temos razão? Não serão todas, obviamente, mas existem conversas que pouco diferem de estarmos a bater com a cabeça na parede. E explicamos, desenhamos, gesticulamos... mas o outro parece que não atinge. 

Quando é assim, sinceramente, eu desisto. Então quando se trata de uma tentativa de desconstruir uma interpretação errada de algo que eu disse, é exasperante. Nós somos responsáveis por aquilo que dizemos, mas nunca por aquilo que o outro poderá interpretar... é injusto, eu sei. É por isso que é bom estudar Anatomia; saber quais os locais mais vulneráveis para desferir um golpe que cale o teimoso cabeçudo de vez.

Mentira. Abaixo a violência! Mas às vezes, apetece enfiar um valente sopapo na cara de algumas pessoas...



Inté*


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

A Língua Portuguesa... é uma marota!

Balear.
Balear é um verbo que, quanto a mim, é definido erroneamente nos nossos dicionários. Diz o Priberam que balear é: "atingir com bala, provocando dano, ferimento ou morte".

Ai é? Agora experimentem conjugar o verbo... Sabem o que dá?

Eu baleio
Tu baleias
Ele/Ela baleia
Nós baleamos
Vos baleais
Eles/Elas baleiam

Atentem bem: ela baleia. Balear é, portanto, engordar pessoas, é torná-las baleias. É mais ou menos o que a Manhê tenta fazer comigo quando eu vou a casa ou quando me envia e-mails com receitas.
A minha Mãe baleia-me, a minha Avó baleia-me e eu sou baleada desta forma leviana, apanhada completamente desprevenida, sem apelo nem agravo, totalmente indefesa.

É terrível. Realmente, balear pessoas, de uma maneira ou de outra, é bastante feio.


Inté*

Séries

Gosto muito de ver séries. Mas só consigo ver as séries quando já terminaram e tenho a totalidade das temporadas à minha disposição. Ou seja, eu não gosto de esperar pela semana seguinte para ver o próximo episódio e muito menos, ter de esperar UM ANO para ver a nova temporada. E como se não bastasse, tenho outro problema que é esquecer-me muito facilmente do enredo. 

Agora imaginem o que é seguir Game of Thrones. Consegui ver as três primeiras temporadas de uma assentada - tudo muito bem. Mas, meus amigos, com tanto tempo de espera entre as temporadas seguintes, eu já não sei quem é quem, quem morreu, quem comeu, quem matou... perdi-me completamente. E a história é tão complexa que é impossível para mim acompanhar a série! De maneira que... desisti. Vou esperar até que aquilo acabe e eu possa sentar-me no sofá a ver os episódios que eu quero e quando quero.

Portanto, acho que não sou a pessoa mais indicada para assistir a séries e que nem sequer me posso apelidar fã desta espécie de entretenimento porque não me encaixo bem no perfil que é suposto. É mais ou menos como comer chocolate, percebem? Ou bem que vai a tablete, ou escusamos de tentar comer só um quadradinho por dia...



Inté*

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Quando temos fenómenos bíblicos em casa

Jesus multiplicava pão e peixe; cá em casa, multiplicam-se tampas de tupperwares. E não é um fenómeno desprezível, não pensem lá! A relação tampa/tupperware cá por casa é, mais coisa menos coisa, de 2:1.

Dava-me mais jeito a multiplicação do peixe... mas pronto, lá chegaremos.



Inté*

Oh faxabor, xô taxista!


Táxi - a sua nova empresa de Segurança Pessoal.

Especialistas no arremesso de objectos a curta/média distância, abalroamento de veículos e referências a crimes de cariz sexual.


Inté*

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Confesso...

... que nunca tinha ouvido falar das Ilhas Faroé (ou Féroe).
E eu que teimo em chamá-las de ilhas Faraó! Mas não têm nada a ver com o Egipto; são um arquipélago pertencente à Dinamarca, situado entre a Escócia e a Islândia (na direcção oposta, portanto).

E, por aquilo que o Google me mostrou, têm paisagens muito, muito bonitas! E ainda bem, porque parece que não tarda muito, a Selecção do arquipélago está de volta a casa...



Inté*

Expressão Verão 2016

"Inveja da boa!". Quantas dezenas de vezes eu ouvi/li esta frase durante o Verão! Seja em resposta ao anúncio de uma viagem ou como comentário a fotografias das férias, lá estava ela, a Boa Inveja. "Ah, Estudante! És má pessoa!", dizem vocês... pronto, mas não consigo evitar pensar que, por detrás de tantos "inveja da boa", não houvesse muita inveja verdadeira (da má, portanto, vociferada entre dentes e com um murro desferido na mesa). Nem sei se existe tal coisa... inveja é inveja, ponto. Inveja da boa será um sentimento com outro nome qualquer (sugestões?).

Esta expressão faz-me lembrar aquela do "estou a brincar!". Quantas verdades já foram ditas disfarçadamente sob estas palavras...


Inté*

domingo, 9 de outubro de 2016

Bom Domingo!

Espero que hoje aproveitem bem o vosso dia, o solinho e o tempo livre. Quanto a mim, estou de regresso ao meu T1. Quando vimos a casa, o tempo passa dez vezes mais rápido, não sei que fenómeno é este, mas não o tenho conseguido contrariar...

Sabem uma coisa? Ainda me custa fazer a viagem de volta... Acho que o que custa mais nem é propriamente estar num sítio novo; o que custa mais é aprender a não estar. A não estar sempre nos aniversários e em outros dias festivos; a não estar nos almoços de família; a não estar nos serões... Enfim.

Pelo menos, é por uma boa causa, certo?



Inté*

sábado, 8 de outubro de 2016

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#detestohashtags#modernicestontas#hashtagemportuguêsécardinal#cardinalemMedicinaéfractura#



#Inté#

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Tortura é...

... estar com fome (e já seria tortura mais que suficiente!) e ter a comida à frente, prontinha, a emanar perfumes irresistíveis, e não conseguir comer por esta estar a ferver. E vamos fazendo sucessivas tentativas de levar uma garfada à boca e, de cada vez que tentamos vencer este sadismo, pimba!, uma queimadela na língua. Sopramos, mexemos, abanamos, pomos à janela, e o tempo não passa, a comida não arrefece, o estômago nas costas... enfim, um cenário infernal a condizer com a temperatura da refeição. 
Finalmente, a comida arrefece e nós suados, desgrenhados, à beira das lágrimas, a glicose no limite. Pensamos que é desta que vamos conseguir e, eis senão quando a comida até entra na boca, não queima mas... não sabe a rigorosamente nada. A língua queimada parece uma lixa, as papilas gustativas foram-se e durante três dias vamos saborear mas é o tanas.

É, a vida pode ser muito dura.



Inté*

Limpezas!

Cá em casa (na nossa casinha, não na minha), a Sexta-feira é dia de limpeza. Na minha casa é à Quarta-feira porque, normalmente, trabalho à Sexta-feira à tarde. Não é que limpar seja a minha actividade favorita, mas eu não consigo estar no meio da sujidade e da desarrumação. Quanto a arrumar, isso sim. Adoro arrumar e organizar. A primeira coisa que faço quando chego às Urgências é arrumar e limpar a secretária onde vou trabalhar; papéis inúteis no lixo; clips junto do teclado; livros SOS empilhados ao meu lado; canetas e folhas de rascunho a postos. Uma freak, portanto.

Também me acontece entrar em casa das pessoas e a desordem ser tal, que só a muito custo não me ofereço para dar uma mãozinha. Nunca o fiz, como é óbvio. Pode até ser ofensivo dirigir-me a alguém e perguntar-lhe se quer que lhe arrume a casa, não é verdade? Também já me aconteceu em algumas lojas... Enfim, não acho completamente normal esta minha necessidade de ter sempre tudo arrumado, mas até agora não me tem feito mal nenhum. E acho que ainda não cumpro os critérios de Transtorno Obsessivo Compulsivo.

Por enquanto, claro.


Inté*

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Já tinham reparado?




Curiosidades sem interesse nenhum, mas que têm a sua piada.


Inté*

Dão-me licença que eu diga uma coisinha?

Todos nós somos importantes, está bem? A importância não tem nada a ver com o dinheiro ou com o poder. Muitos vezes e até inconscientemente, nos vemos num patamar inferior ao de outras pessoas porque pensamos (ou somos levados a pensar) que há dois grupos de pessoas: os importantes e os normais ou não importantes. Ora, acontece que todos nós somos importantes; não é só o senhor Juiz, o senhor Doutor ou o senhor Presidente que são alguém com importância. Cada um de nós é importante para alguém. Porque é que o facto de eu ser importante para a minha família vale menos do que a importância que tem um Juiz? Qual é a régua, ou o critério em que nos baseamos para discriminar o grau de importância?... E se achamos que não somos importantes para ninguém, existem muitas formas simples de passarmos a sê-lo: ajudando, intervindo... só não é importante quem não quer.

Portanto, quando alguém nos fizer sentir inferiores ou quando essa inferiorização partir de nós próprios, é só emitir o alerta: ei! Espera aí, eu sou importante! Por mais que as coisas possam correr mal ou não correrem conforme o planeado; por mais que certas pessoas queiram colocar-se acima de nós, esta é uma ideia que devemos ter bem assente. E sermos conscientes do nosso valor não é falta de humildade nem é pecado. Na verdade, tenho a certeza de que a falsa modéstia é quase tão má quanto o ego desmedido. Sejamos assertivos, não é verdade? E cientes daquilo que somos e do que podemos fazer. Só assim temos capacidade para fazer uso dos nossos dons e capacidades.



Inté*

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Das coisas mais bonitas que já vi! cof cof

Vocês têm de ver isto! Uma pérola da televisão portuguesa:



Reparem como todos os elementos se alinharam para fazer desta actuação um fiasco, no pleno significado da palavra. O talento da cantora é inquestionável, mas atentem na bailarina: não poderia ter havido melhor escolha! Movimentos delicados, ritmados, de um sensualismo hipopótamo. 
Maravilhoso! Depois, a acompanhar a estupenda voz, a artista presenteia-nos com uma postura irrepreensível de quem sabe estar em palco, interagindo com o público e, inclusivamente, com os anfitriões, num à vontade admirável!

Isto é cultura, meus amigos, cultura! 
Não têm que agradecer.


Inté*

Feriado, que bom ter-te de volta!

Já diz o povo "no meio é que está a virtude", e quando é o feriado que está mesmo ali no meio da semana então, é virtude e alegria. E hoje é feriado porque comemoramos a Implantação da República Portuguesa; qualquer dia, quando tivermos outro regime, este feriado é abolido mas não fiquem tristes! Porque, desaparecendo o 5 de Outubro, há-de aparecer outro a comemorar a implantação de outra coisa qualquer.

O curioso é pensarmos que o feriado do 5 de Outubro já esteve inactivo durante algum tempo e que só este ano foi recuperado. Não sei qual o critério para abolir feriados, mas a abolição do feriado que marca o fim da Monarquia Constitucional parece-me grave e portadora de uma mensagem subliminar que eu ainda não consegui decifrar...

Mas deixemo-nos de teorias da conspiração e aproveitemos bem a folga, não é verdade? (não vão eles lá de cima pensar que, não sendo aproveitado ao máximo, podem subtrair o feriado outra vez...).



Inté*

terça-feira, 4 de outubro de 2016

O Pipo

O Avô faz vinho desde que me lembro. Escolheu as castas com o maior cuidado, enxertou aquelas que lhe pareciam as mais adequadas e, depois de muitos anos, o vinho do Avô é o sumo de uma selecção muito especial e de um trabalho muito cuidado. E tanto orgulho que ele tem nele!

A adega, como nós lhe chamamos, é uma divisão pequenina, de chão de cimento e paredes mal rebocadas, onde está o tanque do mosto, a cuba e o grande pipo de madeira. É um sítio muito tosco, relativamente mal iluminado e, por isso, com uma atmosfera muito própria, que sempre exerceu em mim um fascínio muito particular. Nas paredes há de tudo um pouco: garrafões empilhados, alfaias agrícolas, badalos e, até há uns anos, costumava haver também uma bola de sebo com que se vedava a torneira do pipo.

Mas o elemento mais mágico de todos era a escada. Na parede contrária à da porta da entrada está uma escada estreita de ferro que dá para uma arrecadação superior onde só se consegue andar de gatas. E eu só pude espreitar a arrecadação uma vez; cheia de pó e coisas velhas, que eu não sabia bem o que eram... era um mundo!

À medida que fui crescendo, as coisas foram ficando mais pequeninas, nomeadamente o pipo de madeira; a escada já não sobe até ao céu e já não existe a bola do sebo. Mas a adega é "A" adega e, nesta minha cabeça que de adulta só tem a idade, ainda é um sítio onde acontecem coisas estranhas.



Inté*

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A Ternura



Não consigo imaginar alternativa mais feliz. A não ser claro, dizê-lo sempre, com Alzheimer ou não.


Inté*

Quando os médicos ficam doentes...

Na verdade, eu não estive doente. Mas, há pouco mais de uma semana, fui sujeita a uma pequena cirurgia. Nunca tinha sido o alvo de um bisturi e, portanto, não ía completamente relaxada mas estava confiante de que ia correr tudo bem.

Entretanto, durante o procedimento, pude sentir alguma dor, mas era perfeitamente tolerável. Estava tudo sob controlo e eu estava orgulhosa da minha pessoa. Eu estava mesmo a conseguir manter-me calma mas o cirurgião trocou-me as voltas quando me perguntou se eu teria algum problema de sangue... "Mauuu!" pensei. "Estava eu a portar-me tão bem, com tudo tão controlado, e agora vens tu estragar-me o esquema todo??".
Respondi-lhe que não; até ao momento, não tinha conhecimento de nenhuma alteração. "Ok. É que estás a sangrar mais do que o suposto...".

"Uau! Vejam bem como ele consegue ser tããão animador!..." 

Bem, com sangue ou sem sangue aquilo terminou e quando me levantei a sala girou um bocadinho, mas lá me voltou a cor às bochechas. "Estou cá até às nove e meia, se precisares. Se vires que o penso fica muito sujo, podes vir ter comigo."

Agora digo-vos a verdade: eu fui para casa cagada de medo. Mas por que raio pá, aquilo haveria de sangrar? Ía morrer por causa de uma coisa tão insignificante!! Dei por mim envolta nestes pensamentos mais obscuros quando a razão passou por mim: oh rapariga, tu sangras todos os meses pá, e ainda não morreste. Deixa-te de m*****.

E foi remédio santo.


Inté*

domingo, 2 de outubro de 2016

Lição de Anatomia

Eu tenho um carinho especial pela Cardiologia. Não consigo evitar romantizar a especialidade que cuida dos corações embora, claro está, saiba perfeitamente que os Cardiologistas cuidam do coração enquanto bomba propulsora e que aquela parte do coração que realmente nos mantém vivos - aquela do amor e das emoções - não tem merecido destaque entre as especialidades tradicionais.

Talvez então, tenhamos dois corações ou, quem sabe, uma espécie de alma que circula discretamente neste espaço físico e cujas manifestações sistémicas não são assim tão discretas...

Mas reparem como o coração é um órgão maravilhoso: provavelmente, é a única coisa que temos que quanto mais cheia, mais leve. Quanto mais guardamos nele, quanto mais carinho ele tem, menos pesado se torna. Não é extraordinário? O nosso coração é relativamente pequeno, sabem? Mais ou menos do tamanho do nosso punho fechado e, ainda assim, trabalha incessantemente, durante toda a nossa vida, com um ritmo que se adequa à música da nossa vida: umas vezes mais acelerado, outras vezes aos pulinhos... Não tenho dúvida contudo, que é um órgão muito feliz.


E por falar em coração cheio, hoje a minha pessoa favorita faz anos! Muitos Parabéns, Manhê :D



Inté*