sábado, 21 de maio de 2016

O Tempo e outras questões

Quando vamos de viagem e a paisagem é não mais do que uma fracção de segundo, dou por mim a pensar se esse Mundo que passa por nós tão rápido (ou nós por ele...), não será uma espécie de cenário que, uma vez nas nossas costas, se desmorona e dá origem a outra coisa qualquer. Quem me garante que tudo aquilo que eu não vejo não deixa de existir e se reconstrói à medida que eu o olho? Que quando fecho os olhos, a minha realidade se eclipsa para surgir noutro lado qualquer?... Eu acho o Mundo tão abstracto! Toda a nossa existência, o passar dos dias... Para onde vão os dias que passaram e onde estão os que ainda hão-de vir? Se o tempo é um conceito inventado por nós, as horas, os dias, os meses e os anos são apenas ideias que criámos para nos organizarmos porque o tempo é, na verdade, permanente e não um desenrolar sequencial de coisas, porque é que não conseguimos sentir tudo ao mesmo tempo?...


Inté*

5 comentários:

Galinha disse...

Acabei de ler um livro ontem onde, num diálogo entre duas personagens, falavam um pouco do tempo, como tu, mas também e principalmente sobre a dimensão "Imagina a areia do deserto [...] e imagina um trilião de universos [...] encapsulados em cada grão desse deserto; e, encerrado em cada universo, uma infinidade de outros".
Qunando leio este género de coisas noto que é tudo tão abstracto e sabemos tão pouco acerca do que nos rodeia...

Estudante disse...

Galinha: é verdade... sentimo-nos tão pequeninos, não é?

muri disse...

ja tinhas saudades dos teus posts. estás muito Kantiana, no que se refere à concepção de tempo :) na verdade, nós somos só isso: tempo! um beijinho

Paula disse...

Deu a menina para filosofar... a quem saira?

Estudante disse...

muri: :) sim, ao fim e ao cabo, somos só umas fracções de segundo ;)

Paula: ahaha :P