Acredito mesmo que podemos ser felizes. Às vezes, parece que há uma força externa que faz de tudo para nos puxar para baixo, para nos empurrar para o lado escuro da vida, para a depressão. A fronteira entre a vida feliz e a tristeza profunda é uma fronteira muito ténue e traiçoeira. Ergue-se sobre o comodismo de alguém que por não querer sorrir, não se esforça por isso. Mas é aí que reside o segredo. Até a felicidade requer trabalho. Acredito que é muito mais fácil deixar os dias passar em branco, sem mudar nada, aconchegados naquela melancolia que não desejamos, mas que custa expulsar. O salto que podemos dar sobre o precipício que é esse estado de alma irá determinar qual a nossa perspectiva sobre a vida.
Escrevo isto porque conheço a depressão, não como um prolema meu, felizmente. E sei que ela não vem de um dia para o outro. Vai-se instalando um dia após outro, sem que demos conta; porque hoje não me apetece sair, porque hoje não me apetece rir... e assim ela vai criando raízes e fazendo parte de nós.
Rir é o melhor remédio. Ninguém consegue sentir-se triste numa gargalhada :)
Inté*
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