Nunca fui muito ambiciosa. Sempre fiz as coisas o melhor que pude porque acho que é assim que tem de ser. Quis ser médica desde os 12 anos, altura em que nasceu a minha prima. Achei que tinha de ser Pediatra (como a vida muda!). Nunca quis ser chefe, nunca quis destacar-me. Ainda hoje, não faço nenhuma questão que isso aconteça. Eu quero é um rio, um livro e uma lareira. Não tenho nenhum desejo especial de vir a ser uma especialista de renome - mas quero ser uma boa médica. Nem sempre as duas coisas significam o mesmo. Quando escolhi a especialidade, a maioria das pessoas pensou que a Estudante ia para Lisboa. Porque tirar a especialidade na capital não é a mesma coisa. Ter de acordar 2 horas antes da hora de entrada, queimar metade do ordenado na renda parece ser mais prestigiante. Mas a Estudante não foi para Lisboa.
Acredito que o conceito de vida nas cidades "grandes" esteja sobrevalorizado. Se me garantirem uma boa formação noutro lado qualquer, não me apanham em filas de trânsito.
Vim viver para o verde e agradeço muito por isso.
Inté*
19 comentários:
Clap clap clap!!!
Admiro muito quem tem esta "coragem". Eu, como "menina da cidade" que sou, quando penso nisso às vezes (em como será quando acabar o curso), imagino-me sempre em Lisboa, num "bom hospital". Por outro lado, tenho plena consciência de que qualidade de vida é uma das minhas prioridades, o que acaba por chocar um pouco com essa visão. Talvez sejam mesmo certos macaquinhos que vamos interiorizando dos que nos rodeiam mas que não são necessariamente verdade...
E tens toda a razão, o que importa é sentirmo-nos bem, termos o que nos faz feliz ao nosso lado, e garantirmos, se pudermos, que recebemos uma boa formação profissional :)
Beijinho*
Grande ou pequena, não interessa, desde que a sintas como um lar e te ofereça as oportunidades que precisas.
Importante mesmo é a cidade combinar contigo e tu com ela :)
Se foi viver para o "verde" está bem concerteza!
E fizeste tu muito bem!
Também me parece que iria preferir o verde...a não ser que já morasse em Lisboa.
Ainda bem que ainda há quem prefira estar longe das grandes cidades, mesmo. Pessoalmente gosto mesmo de cidades (e Lisboa é uma mini-cidade...), gosto da azáfama, até da confusão, da vida a fervilhar, dos centros comerciais e cinemas em grande oferta, de ter opções vegetarianas nos restaurantes... Agora que digo isto, parece-me que já fiz um comentário semelhante aqui :P
Oh, onde estás? No Minho?
O mais importante é emsmo fazeres aquilo que gostas e seres boa no que fazes, principalmente quando toca á saúde. Tens uma das profissões mais bonitas que existem!
Beijinhos
Eu já não consigo viver sem ser em grandes centros urbanos, mas percebo-te perfeitamente.
Qualidade de vida não tem preço.
Apesar de não morar mesmo em Lisboa e de já não ter de andar no trânsito por obrigação, não aconselho ninguém a vir meter-se nesta balbúrdia. Hoje em dias as vilas e cidades mais pequenas, oferecem tudo o que Lisboa tem, com uma qualidade de vida superior.
Poder ir a pé para o emprego, ter vias pedonais desobstruídas de carros mal estacionados, não viver constantemente sob a pressão do relógio (mesmo tendo horários a cumprir), é qualquer coisa impagável.
Mas isto sou eu, que ainda não perdi a esperança de ir morar numa ilha deserta, com a cadela. Só preciso de internet e bacalhau, para ser feliz. ahahahahah
Aquela estudante: olha outra estudante :P há gostos para tudo. Ainda bem que também há quem pense ficar por Lisboa ;)
Sci: nem mais: ;)
mmm's: :D
Maria do Mundo: ;)
redonda: :)
Nádia: és um "bichinho urbano", nada a fazer :D
Gata: ahah :P por causa do vinho "verde"?
Chic'Ana: sem dúvida ;)
Jedi Master Atomic: :)
esperto que nem um alho: ahaha :D nunca se sabe! Se te sair o euromilhões, compras uma dessas ilhas e vais ;)
Eu que estudo em Lisboa, dou graças por voltar para casa todos os dias de carro e embrenhar-me no campo e colinas verdes, vendo a Serra no horizonte ao chegar. :)
Acho que é de facto as grandes cidades são sobrevalorizadas. Mas infelizmente acho que o meu destino profissional terá de ser em Lisboa a não ser por um milagre do santinho. Mas faço questão de continuar a viver na noutra margem do rio.
As vezes pessoas assim mais terra-a-terra são melhores profissionais, e quem poderá ser melhor profissional que alguém que só quer ser um profissional de qualidade?
Beijinhos
Acho que entendo o que está implícito nas tuas palavras. Isso de se deduzir que se quer ir para "Lisboa".
Sendo alfacinha de gema, nunca tinha percebido esse fascínio pela capital até ir estudar para fora dela. Para mim ser de Lisboa era como ser de outro lugar qualquer... Mas para quase todas as pessoas que encontrei não era. Umas trataram-me de forma fria e distante por eu ser "de Lisboa" e consequentemente, por me acharem "com mania de cidade-grande". Outras, trataram-me bem com esperança de que fosse um dia proveitoso conhecer alguém "de Lisboa". E muitas desejavam vir morar em Lisboa. Tudo isto só percebi muito mais tarde.
Espero que esta estupidez/deslumbramento pela "cidade-grande" já tenha se dissipado porque no meu tempo foi uma descoberta com a qual não contava. Tive várias conversas que indubitavelmente incluiam "mas tu és de Lisboa, quem me dera a mim ser de Lisboa, lá há de tudo".
Acho que talvez dependa muito da simplicidade das pessoas e das suas ambições. Mas discordo, de longe, que só se possa viver bem nas grandes cidades. Eu que até me amarro no sossego campestre :D
PS: Na altura não estava 100% em nenhum dos lugares.... Precisava dos dois. Por vezes uma vida mais tranquila era tudo o que precisava, (mas não fui parar a uma cidade verde, só pequena) outras só de atravessar a ponte 25 de Abril e ver aquela paisagem (Lisboa) e a azáfema, já me dava uma sensação agradável de familiaridade.
Acho que casa é casa.
Acho que escolheste muito bem! Por outro lado, querer ser uma boa médica é a melhor ambição que podes ter, tudo o resto, se tiver que vir, virá por acréscimo. Do meu ponto de vista as pessoas deviam exercer cargos importantes e subir na vida consoante o mérito, coisa que infelizmente em Portugal não se vê muito, ou mesmo nada!...
No teu caso, se o teu mérito vier a ser reconhecido em detrimento de politiquices, apadrinhamentos e afins, aposto que ainda vais ser uma pessoa muito importante e conceituada :)
Quanto às grandes cidades, vivi e gosto muito de Lisboa, mas há muitas outras cidades onde a qualidade de vida é superior e que são realmente muito bonitas e cheias de ofertas turísticas, culturais e outras.
O mais importante na vida é agirmos de acordo com as nossas convicções, praticarmos o bem e sermos felizes!
Beijo grande =)
A Polegarzinha: então percebes bem o que quero dizer ;)
Shinobu: :D
Portuguesinha: ahaha! O teu comentário fez-me rir ;) no bom sentido! Não acredito que as pessoas te admirassem por seres de Lisboa :P enfim... há com cada um... casa é casa, sem dúvida ;)
Paula: nada a acrescentar ao teu comentário :) muito obrigada!
Nunca achei que fosse a profissão que me fosse realizar enquanto pessoa e, até agora, tenho cada vez mais essa certeza. Nunca fui muito de "quando crescer quero ser x". Nunca me imaginei com um cargo importante, conceituada, conhecida na área que escolhi para me formar. Acredito que há coisas muito mais importantes na vida do que ser médica, ser psicóloga, ser professora, ser empregada doméstica, etc. A profissão é para mim apenas a forma de subsistência que me permitirá ter e ser aquilo que quero verdadeiramente: ter uma família, uma casa, ser mãe, mulher, esposa... A carreira não é, para mim, um objetivo mas sim um meio de atingir os objetivos que ambiciono.
Mas como sempre ouvi essa conversa de que temos que ser bem sucedidos, pessoas de renome, conhecidos na nossa área e que devemos procurar sempre o melhor...percebo perfeitamente o que dizes. Escolheria mil vezes uma cidade pequena, com possibilidade de uma vida pacata do que uma cidade grande onde não há qualidade de vida. Mas parece que é errado não se querer ser/ter o melhor, não se querer viver numa grande cidade...
M: percebo o que queres dizer :) mas há profissões que, na minha opinião, não podem ser encaradas apenas como uma forma de subsistência. Por exemplo, para mim, ser médico é uma forma de vida. Não é uma coisa que "desapareça" quando chegamos a casa, como acontece com um contabilista... mesmo depois de reformado, um médico é sempre um médico :) é uma "coisa" que fica ali. Enfim, nem sei explicar bem :P
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